Home Economia e Política Fazenda não vê com bons olhos aumento de fundo regional na reforma tributária, diz Durigan

Fazenda não vê com bons olhos aumento de fundo regional na reforma tributária, diz Durigan

Na entrevista, Durigan reiterou o cumprimento da meta de zerar o déficit primário do país em 2024, e disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ferramentas para alcançar o objetivo

by Reuters
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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira que a pasta não vê com bons olhos a possibilidade de aumento do volume de recursos a serem repassados a Estados por meio do Fundo de Desenvolvimento Regional que será criado na reforma tributária sobre o consumo.

Na segunda-feira, o relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que discutiu com representantes da Fazenda a possibilidade de turbinar o fundo, fixado em 40 bilhões de reais na versão da reforma aprovada pela Câmara. O incremento é uma demanda de governadores para compensar possíveis perdas de arrecadação causadas pelas alterações no sistema tributário.

“A Fazenda não vê com bons olhos, a princípio, um incremento do fundo, mas é preciso considerar o conjunto do que será tratado na reforma tributária no Senado”, disse o secretário em entrevista a jornalistas após evento sobre meios de pagamento em Brasília.

“A Fazenda está sentada à mesa para negociar esse e outros temas. Esse é um tema que, para a Fazenda, é difícil avançar, tem um cenário fiscal de desafios, se comprometer com aumento de aporte nos fundos é complexo”, acrescentou.

Na entrevista, Durigan reiterou o cumprimento da meta de zerar o déficit primário do país em 2024, e disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ferramentas para alcançar o objetivo.

O secretário afirmou que o debate sobre a mudança no mecanismo dos juros sobre capital próprio (JCP) avançou no Congresso. Ele também ressaltou que a taxação de fundos exclusivos e offshores proposta pelo governo tem o objetivo de trazer isonomia entre a cobrança de impostos desses instrumentos e outros mecanismos existentes.

Após o relator na Câmara do projeto sobre taxação de fundos exclusivos e offshore, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), afirmar que a diferença de alíquotas propostas para os dois tipos de fundos é um ponto de discordância, Durigan disse que o descasamento na cobrança foi pensado pelo governo para estimular o fluxo de investimentos para o Brasil.

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