O diretor de Política Monetária do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta quinta-feira que a avaliação da autarquia sobre o cenário internacional passou de ambiente “incerto” para “adverso”, citando a resiliência dos núcleos de inflação, tensões geopolíticas e o comportamento dos rendimentos dos Treasuries.
Falando na Conferência Itaú Macro Vision, Guillen disse que o cenário doméstico está “em linha” com o que o BC esperava, afirmando que o desempenho surpreendentemente forte da economia no primeiro semestre poderia ser explicado parte pelo avanço das commodities, parte por uma taxa de juros “menos contracionista do que se esperava”.
O Banco Central manteve a taxa Selic no nível elevado de 13,75% por cerca de um ano, mas, em agosto, iniciou um ciclo de cortes de juros que deixa a Selic em 12,25% atualmente, nível que ainda é restritivo à atividade do país e ao crédito.