A BlackRock relatou nesta sexta-feira um recorde de ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês) de cerca de 10,5 trilhões de dólares no primeiro trimestre e registrou um salto de 36% no lucro, à medida que a recuperação dos mercados de ações globais impulsionou suas taxas de consultoria e administração de investimentos.
Os mercados de ações globais se recuperaram no primeiro trimestre, com o crescimento das expectativas de que os principais bancos centrais do mundo encerraram seu ciclo de aperto da política monetária e passarão a reduzir os juros, o que resultou em um salto nos AUM.
Os AUM da empresa aumentaram 15% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, enquanto as taxas de consultoria e administração de investimentos, normalmente uma porcentagem dos AUM e a principal fonte de receita da BlackRock, subiram quase 8,8%, chegando a 3,63 bilhões de dólares.
As ações da maior gestora de ativos do mundo subiam 2,6% nas negociações de pré-abertura.
Entretanto, o total de entradas líquidas caiu para 57 bilhões de dólares, em comparação com os 110 bilhões de dólares do ano anterior. Os influxos continuam brandos, à medida que os clientes ficam afastados, aguardando o início dos cortes de juros antes de voltarem a investir em ativos de risco.
Analistas esperam que os fluxos do setor de gestão de ativos voltem a acelerar após o início dos cortes de juros, uma vez que isso incentivaria o movimento de dinheiro que está parado para ativos de risco.
A receita total da empresa aumentou 11% no trimestre, para 4,73 bilhões de dólares, impulsionada por taxas de desempenho e receita de tecnologia mais altas.
A BlackRock fornece serviços de gestão de investimentos e tecnologia para clientes físicos e institucionais em todo o mundo, incluindo fundos soberanos, seguradoras e grandes corporações, entre outros.
O lucro líquido da empresa subiu para 1,57 bilhão de dólares, ou 10,48 dólares por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com 1,16 bilhão de dólares, ou 7,64 dólares por ação, um ano antes.