O dólar (USDBRL) à vista emplacou nesta segunda-feira a quarta sessão consecutiva de alta e encerrou no maior valor ante o real desde março do ano passado, após dados do varejo dos EUA reforçarem a perspectiva de juros altos por mais tempo e o mercado receber com pessimismo a redução da meta fiscal brasileira para 2025.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1835 reais na venda, em alta de 1,21%. Este é o maior valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 27 de março de 2023, quando encerrou em 5,2075. Em abril, a divisa acumula elevação de 3,35%.
Em abril, a divisa acumula elevação de 3,35%.
Às 17h09, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,27%, a 5,192.5 reais na venda.
O dólar à vista emplacou nesta segunda-feira a quarta sessão consecutiva de alta e encerrou no maior valor ante o real desde março do ano passado, após dados do varejo dos EUA reforçarem a perspectiva de juros altos por mais tempo e o mercado receber com pessimismo a redução da meta fiscal brasileira para 2025.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1835 reais na venda, em alta de 1,21%. Este é o maior valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 27 de março de 2023, quando encerrou em 5,2075. Em abril, a divisa acumula elevação de 3,35%.
Às 17h09, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,27%, a 5,192.5 reais na venda.
O dólar oscilou em alta durante praticamente todo o dia. Às 9h01, a divisa à vista marcou a cotação mínima de 5,1036 reais (-0,35%), mas na sequência começou sua escalada, intensificada pela divulgação de mais dados fortes sobre a economia norte-americana.
O Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente.
Os números reforçaram a avaliação de que o Federal Reserve adiará o início do processo de corte de juros, o que fez os rendimentos dos Treasuries avançarem e o dólar subir ante quase todas as demais divisas globais.
Internamente, havia ainda o desconforto com as notícias de que o governo Lula reduzirá a meta fiscal para 2025 de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para resultado primário zero.
Durante a tarde, em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a meta zero para o próximo ano, o que foi mal recebido pelo mercado.
“Pela manhã vieram os dados do varejo norte-americano, mais uma vez comprovando a força da economia dos Estados Unidos. Isso se juntou à cena geopolítica mais delicada”, comentou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, em referência aos receios de um conflito mais amplo no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel no fim de semana.
“Localmente, a redução da meta fiscal de 2025 completou o cenário de ‘tempestade perfeita’ para o real”, acrescentou Machado.
Às 14h29, enquanto Haddad ainda participava da entrevista na TV, o dólar à vista marcou a máxima de 5,2089 reais (+1,71%), em meio ao mal-estar dos investidores com a mudança na meta fiscal.
Operador ouvido pela Reuters disse que Haddad “azedou mais” o mercado de câmbio, que já vinha pressionado pelo exterior.
Na entrevista Haddad também classificou o cenário global como “desafiador” e citou que o dólar está próximo dos 5,20 reais. “Mas daqui a pouco volta ao normal”, acrescentou.
No fim da tarde, em evento em Nova York, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou que existe atualmente um movimento de reprecificação global. Segundo ele, por ser uma moeda mais líquida, o real também é afetado mais rapidamente pela reprecificação.
Às 17h31, o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,25%, a 106,220.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho.