Executivos estão mais otimistas e acham que a economia mundial voltará a crescer no segundo trimestre de 2010. Cerca de 22% dos CEOs de vários países ouvidos em pesquisa feita pela Cook International afirmam que o pior já passou e apostam em crescimento. Esse panorama positivo pode e deve ser acompanhado de uma estratégia estruturada e baseada em uma afirmação vencedora de Stephen R. Covey: “vamos questionar a forma de pensar que está nos trazendo resultados de hoje, a fim de que possamos obter resultados excepcionais amanhã”.
Esse planejamento de sucesso para 2010 vai além da perspectiva do fim da crise econômica mundial. É preciso haver uma autoavaliação individual para descobrir o que pode ser mudado nas ações cotidianas de quem pretende superar não só a crise externa, mas também reverter os resultados pouco favoráveis do cotidiano individual. Ou seja, o líder precisa querer alcançar novos parâmetros e, assim, focado, encontrar caminhos para colocar as mudanças vitoriosas em prática.
Um dos caminhos é fazer uma mudança de paradigmas. A maioria das descobertas científicas é resultado de quebras de paradigmas, tais como quando Copérnico considerou o Sol como o centro do universo e não a Terra. Quebras de paradigmas são mudanças quantificáveis, mesmo que lentas e deliberadas ou instantâneas.
Os “7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” podem e devem ser aplicados nessa mudança de postura para alcançar novos resultados e resolver problemas profissionais baseados em princípios. Muitos executivos fazem questionamentos a si mesmo e, sem respostas, encontram desculpas como forma de justificativa para a falta de perspectiva. Isso porque não conseguem perceber que as mudanças esperadas que venham de fora podem acontecer com a modificação da postura pessoal.
Um hábito é a interseção entre o conhecimento, a habilidade e o desejo. O conhecimento é o que fazer e porque fazer, a habilidade é o como fazer e o desejo é a motivação, o querer fazer. Para tornar algo um hábito em nossas vidas precisamos reunir estes três elementos. Os 7 Hábitos são uma abordagem altamente integrada que passa da dependência (você cuida de mim) para a independência (eu cuido de mim mesmo) e para a interdependência (podemos fazer algo melhor juntos).
O primeiro hábito essencial é ser proativo. As pessoas reativas deixam circunstâncias, condições ou o ambiente mostrarem a elas como responder. Pessoas pró-ativas deixam seus valores selecionados, internalizados e cuidadosamente pensados para sabermos como responder às situações. Não é o que nos acontece, mas a nossa resposta, que diferencia estes dois comportamentos.
Ter um objetivo em mente faz toda a diferença. Cada parte de sua vida pode ser analisada em termos daquilo que realmente é mais importante para você – a visão de sua vida como um todo. Por exemplo: se você quer ter uma empresa bem sucedida, inicie com um planejamento que irá produzir um determinado objetivo. Assim, a liderança é a primeira criação e o gerenciamento é a segunda. Liderar é fazer as coisas certas e gerenciar é fazer as coisas do jeito certo. Para começar com um objetivo em mente, desenvolva uma filosofia pessoal como jamais comprometer sua honestidade e sempre manter uma atitude positiva.
Distinga o que é mais importante. Saber gerenciar o tempo, priorizar atividades e fazer uma coisa de cada vez, com planejamento. Ver o problema do ponto de vista do outro, identificar as questões-chave e as preocupações envolvidas, determinar os resultados aceitáveis e identificar as novas opções possíveis para atingir resultados. Agindo assim, você estará seguindo o quarto hábito e encontrando elementos para progredir e alcançar objetivos.
Outro princípio básico da liderança está no quinto hábito: primeiro compreender para ser compreendido. Procurar primeiro compreender implica uma mudança no paradigma, visto que geralmente procuramos que primeiro nos compreendam. É o foco na aprendizagem de como a outra pessoa vê o mundo, como ela o sente. A essência da escuta empática não está em concordar com alguém, mas sim compreender aquela pessoa profundamente, tanto no plano emocional quanto no intelectual.
O sexto hábito fala de sinergia, ou seja, o todo é maior do que as partes. Quando há uma compreensão genuína, as pessoas encontram soluções que são melhores do que encontrariam agindo individualmente.
O Hábito 7 prioriza o seu eu: preserve e melhore seu bem mais precioso, que é você. Renove as quatro dimensões de sua natureza – física, espiritual, intelectual e emocional. Significa alimentar-se adequadamente, descansar, relaxar e praticar exercícios regularmente. A dimensão espiritual é o seu comprometimento com o sistema de valores. A renovação vem da oração, meditação e leituras espirituais. A dimensão mental é o desenvolvimento permanente do intelecto através da leitura, seminários e da escrita.
Cuide de você para cuidar do outro. Acredite em você para ter resultados vitoriosos. Tome uma atitude. Inove! Acredite que a mudança interna gera resultados vitoriosos. E isso independe do cenário econômico, pessoal e/ou social do País onde você vive. Ser um gestor nunca foi fácil, mas gerenciar suas ações faz a diferença, pois gerenciar com eficácia não é apenas organizar pessoas e recursos. É também liderar os potenciais das pessoas de sua equipe para que elas trabalhem melhor, com excelência.
Atitudes positivas e diferenciadas são o caminho para alcançar novos rumos para 2010 com resultados de sucesso. A base para uma gestão excelente é gerenciar a si mesmo primeiro. Ou seja, trabalhar com a excelência exigida do próximo. Sair das pressões do dia a dia e olhar como se estivesse fora do contexto, do topo da montanha, faz toda a diferença.
Um líder precisa, acima de tudo, inspirar confiança. Que eficácia terá um líder se ele não conseguir inspirar confiança nas pessoas que trabalham com ele? A competência correspondente à mente é esclarecer propósitos, que significa que esse líder sabe construir, com os colaboradores, uma visão poderosa e envolvente; seja a visão de um país, de uma empresa, de um departamento ou de uma escola.
A competência que corresponde ao aspecto físico é alinhar sistemas: as organizações também têm um “corpo”, digamos, que são os sistemas que devem favorecer o que se deseja realizar. Sistemas burocráticos, por exemplo, não estão alinhados com uma cultura de confiança. Se há confiança, não há necessidade de haver excesso de controle. O principal sistema é o de execução – poucas organizações têm um sistema consistente para transformar metas em resultados.
O quarto e último imperativo do líder da Era do Trabalhador do Conhecimento é liberar talentos. O líder precisa conhecer seus liderados e ajudá-los a crescer, provocar o seu potencial. Se for hábil o suficiente para escolher as pessoas certas e conciliar as metas arrojadas da empresa com o maior potencial e paixão dos colaboradores, assistirá verdadeiros milagres e o crescimento contínuo de seu pessoal, preparando também a linha sucessória em todos os níveis.
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