Situação “A”. A pessoa quer emagrecer. Vai até a balança de uma farmácia, verifica seu peso e pensa: “Nossa, tudo isso?!”. Então toma a iniciativa de mudar de situação, consulta sua nutricionista, que elabora uma nova dieta, e, paralelamente, inicia um programa de exercícios físicos na academia mais próxima. Tudo com o intuito de atingir o objetivo de emagrecer. Semanalmente, faz o controle de peso na balança da farmácia e fica feliz ao perceber que, gradualmente, sua meta está sendo cumprida – e será.
Situação “B”. A pessoa quer poupar 20% de seu salário. Atualmente, ganha R$ 1 mil líquidos, mas as despesas consomem, no total, R$ 900, de modo que sobre apenas 10% do salário para investimentos. Para tal objetivo, monta uma planilha de orçamento doméstico e anota cada despesa que realiza. No dia 14, percebe que já gastou R$ 600, ou seja, conclui que “está sobrando muito mês no final do seu salário”, de modo que passa a diminuir o ritmo de compras na semana seguinte. Ao fazer nova análise, constata que os gastos do mês ficaram em R$ 700, faltando apenas 7 dias para o final do mês. Como todas as contas fixas já foram quitadas, conclui que irá atingir sua meta.
Qual é a semelhança entre as duas situações?
Simples: ambas são reveladoras de um princípio que é quase universal nos negócios e na vida: tudo o que é medido é melhor controlado. Seja para melhorar o peso, seja para melhorar a situação financeira, seja para realizar uma melhora no desempenho escolar/faculdade, a meta será muito mais fácil de ser atingida se houver um controle eficiente daquilo que se faz.
Em outros termos, muitas de nossas atividades do dia-a-dia necessitam de um ponto de referência para serem avaliadas quanto ao progresso em sua realização. Esse ponto de referência, em muitos casos, é representado por uma medida de grandeza, que normalmente se traduz em números. Logo, trabalhar bem com números passa a ser uma qualidade, um pré-requisito, para que o seu objetivo em relação a dada atividade possa ser monitorado, acompanhado e avaliado – tudo para que você saiba se está avançando em relação à meta ou se é necessário fazer ajustes ou correções de rota.
No mundo das finanças pessoais, temos os ativos – representados pelos nossos investimentos e tudo aquilo que faz colocar dinheiro em seu bolso – e os passivos – representados por tudo aquilo que tira dinheiro de seu bolso. Se você realmente estiver a fim de ter uma vida financeira sustentável, é preciso adotar um duplo controle: de nada adianta você querer gastar menos se não souber exatamente quanto está gastando e em quê. Daí a necessidade de elaboração de um orçamento doméstico. Aqui mesmo no Dinheirama você encontrará diversas planilhas que te ajudarão na organização financeira de casa. Acesse https://dinheirama.com/downloads/ e confira!
Da mesma forma, o investimento não corresponderá aos seus desejos se você não medir a sua rentabilidade, sua taxa de administração, seu horizonte de tempo e se também não fizer uma medição qualitativa a seu respeito. Veja um exemplo: por quê não investir em fundos imobiliários que geram aluguéis mensais ao invés de comprar imóveis com o mesmo objetivo?
Você precisa de réguas financeiras.
As medidas devem ser incorporadas em sua vida. O que nossos pais faziam quando nós éramos crianças? Colocavam-nos de pé, pegavam uma régua de madeira e mediam a nossa altura, fazendo uma marcação à caneta na parede. Tempos depois, o procedimento era repetido. E assim sabíamos que estávamos crescendo. Por quê você não faz a mesma coisa para fazer crescer seu patrimônio e diminuir suas despesas?
A primeira vez que li sobre essa expressão – tudo o que é medido é melhor controlado – foi lendo o livro “Investimentos – Como Administrar Melhor Seu Dinheiro”, do Mauro Halfeld, dentro de um ônibus no trajeto do trabalho para casa (aproveitamento útil de tempo ocioso). A afirmação ficou gravada em minha mente, como uma lição simples, mas extremamente poderosa.
Se você passar, pela primeira vez, a fazer medições de seus gastos e da rentabilidade de seus investimentos, ficará surpreso ao saber para onde está indo o seu dinheiro e também com a (provável) baixa rentabilidade de suas escolhas financeiras. Essa mudança provocará atitudes positivas em sua vida. Sim, porque não gostamos de medidas que não correspondam às nossas expectativas, da mesma forma que não gostávamos quando a marcação da altura não correspondia àquilo que esperávamos.
Medir. Trata-se de uma atitude simples, mas com alto potencial para dar novo impulso à sua vida financeira. Que tal começar logo? É isso aí! Um grande abraço e que Deus os abençoe!
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.