Superação na pandemia: conheça histórias que mostram que os desafios podem ser vencidos com criatividade e trabalho.
A rotina anda pesada, os dias estão passando como se fossem um borrão. Uma eterna quinta-feira, em que o fim de semana não chega nunca. Sem escola, muitos trabalhando em casa. O que no início do distanciamento social era novidade, há muito se apagou e perdeu a graça.
Dizem que até o número de pedidos de divórcio aumentou, porque os casais não se suportam convivendo mais horas sob o mesmo teto.
Muitos perceberam que não estão satisfeitos em seu trabalho, ou que poderiam trabalhar de forma diferente, tendo mais tempo e sendo mais produtivos. Ou então, pela necessidade, descobriram novas formas de ganhar dinheiro. Como inspiração sempre é bem-vinda, hoje trago histórias de quem se reinventou quando tudo parecia perdido.
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Começando por um amigo que é professor de dança no interior do Rio Grande do Sul. Pessoa muito ativa e motivada, se viu sem renda e sem atividade nenhuma quando a pandemia começou. Afinal, quem iria querer aulas de dança?
O desespero bateu por alguns dias, mas a mente seguiu buscando soluções. Conversando com amigos, vendo vídeos, aproveitando o conteúdo abundante e grátis que existe na internet, ele montou coreografias em vídeo e vendeu por um preço simbólico.
A pessoa recebia o link e aprendia a dançar em casa. Com o avanço das lives de shows, veio a ideia de vender combos de caipirinhas e drinks. Ele já fazia renda extra como barman em festas (outro segmento que foi totalmente paralisado com a pandemia, e não tem previsão de retorno tão cedo), e ao menos as receitas já estavam aprovadas.
Divulgou, ainda com receio, mas com muita energia e humildade nas redes sociais, e o resultado você já imagina. Muitas vendas! As pessoas amaram a novidade e surgiu aí um novo negócio. Ponto pro @ssidyy (se você quiser conferir no Instagram), que não ficou esperando os boletos se acumularem e partiu pra ação com as armas que tinha.
Quem imaginaria uma diarista ganhando dinheiro à distância, na quarentena? Parece até piada, né? Ah, a diarista vai abrir uma chamada de vídeo e colocar a patroa para trabalhar. Isso que disseram, mas a Suellen – @diario.da.diarista – usou a cabeça e viu uma oportunidade onde todos viam problema.
Por que não ensinar e ajudar pessoas que não têm experiência em cuidar da casa e se viram obrigadas a fazê-lo? Surgiu então uma mentoria em grupo. Custa baratinho e ela dá dicas, revela os produtos que funcionam melhor, as estratégias que usa para que a limpeza da casa seja mais produtiva e organizada.
Ela foi chamada até no programa da Fátima Bernardes pra dar entrevista. No início, todo mundo ri e faz chacota. Depois ficam pensando: que ideia genial! É assim mesmo.
A área de eventos presenciais é outra que está parada. A @anatex, através de quem conheci o perfil da Suellen, é uma empreendedora muito generosa e criativa. O conteúdo e os cursos que ela disponibiliza são práticos e considero essenciais para o período que vivemos, pois trabalhar em casa nunca foi tão importante.
Motivar pequenos empreendedores a transformar seus negócios rapidamente em empreendimentos online é vital. Não só motivar, mas mostrar que é possível e dar ferramentas práticas, rápidas e acessíveis é importantíssimo para a economia.
A Ana é amante de viagens e uma nômade digital, mas neste período está em uma área rural, sem previsão de retorno às viagens, eventos presenciais e palestras. Os eventos à distância estão mais fortes do que nunca, e acredito que são uma tendência que veio para ficar.
Poder participar de um evento com vários palestrantes sem cair de casa diminui muito os gastos tanto de quem organiza quanto de quem quer participar. Conhecimento que se espalha e vai mais longe, transformando vidas.
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Volto agora ao interior do Rio Grande do Sul, em uma cidade com pouco mais de trinta mil habitantes, a mesma onde mora o professor de dança. Um casal que dependia basicamente da venda de verduras para empresas viu sua renda despencar enquanto todos trabalham em home office.
Se o refeitório da empresa está fechado, nada de alimentação para os funcionários. E as verduras não esperam; elas estragam. Grávida e vendo seu marido jogar fora a produção diariamente, ela não se conformou.
Divulgação nas redes sociais, kits com alimentos frescos, humildade para explicar a situação, disposição para fazer as entregas em domicilio e, com paciência, surgiu um novo negócio e uma renda para a família. Quando as empresas retornarem, eles estarão fortalecidos e faturando mais do que antes.
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Sei que o período não é fácil, principalmente para muitos que perderam seus empregos. O ponto em comum entre as histórias que contei é o que se costuma chamar de antifragilidade. Expressão que foi criada e se popularizou com o livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos”, de Nassim Taleb.
Histórias de pessoas simples, em situações reais são sempre inspiradoras e mostram a potência do ser humano em ação. Pessoas se conectam com outras pessoas e com suas histórias. Se está difícil sair da depressão em que a quarentena te colocou, busca inspiração. Ela pode estar aí, bem perto de você.
Foto: Pexels.