Muitas pessoas compram roupas não porque precisam substituir as que já têm, mas apenas para impressionar os outros. Muitas pessoas compram o último modelo de automóvel não porque necessitam substituir o atual, mas para impressionar os outros. Muitas pessoas compram – ou alugam – casas e apartamentos maiores não porque precisam de espaços maiores, mas tão somente para impressionar os outros.
Em todos esses casos, geralmente as pessoas se preocupam em impressionar pessoas que mal conhecem. Ou, pior, que simplesmente não conhecem. Com isso, perdem não só dinheiro, que poderia ser gasto em coisas mais úteis, como também tempo, que poderia ser gasto em atividades mais gratificantes. Isso sem falar em energia, que poderia ser aproveitada para fins mais nobres.
Então aqui está uma dica que poderá fazer você economizar muito dinheiro. Essa dica se resume a seis palavras, que, interligadas, formam a seguinte frase: pare de tentar impressionar os outros. Quando você compra apenas para chamar a atenção de pessoas desconhecidas, para impressionar seus colegas de trabalho ou para chamar a atenção de seus vizinhos de condomínio, você está comprando por motivações erradas.
Não há nada de errado com a compra em si. Afinal, as compras podem ter sido realizadas para te recompensar por algo que você tanto almejava, e sobre isso inclusive já lancei meu olhar no artigo “Você compra para compensar ou para recompensar?”. O problema está localizado na finalidade da compra.
Infelizmente, vivemos numa sociedade dominada pela aparência, onde as pessoas querem ser valorizadas por aquilo que têm e não por aquilo que são. Quanto mais têm, mais chamam a atenção e mais aparentam ser pessoas bem-sucedidas. Afinal, se têm alguma coisa, é porque a compraram com dinheiro.
O que você não percebeu ainda é que no mundo há tanta gente querendo também te impressionar que elas mal notarão seus esforços em tentar impressioná-las. Não seja mais uma pessoa a figurar de modo passivo nesse círculo vicioso de completa futilidade. Impressione as pessoas pelo que você é e não pelo que você possui.
Foque seus esforços, concentre seu tempo e desenvolva suas habilidades na construção e transmissão de valores intangíveis, que o dinheiro não pode comprar: relacionamentos, caráter, honestidade, paixão por fazer aquilo que gosta, solidariedade, bondade, amor, compaixão etc. O leque é virtualmente infinito e depende apenas de você – e não daquilo que você tem no bolso. Desenvolva comportamentos positivos e seja lembrado pelas atividades que você realiza, não pelas coisas que você adquire.
No mundo, há opiniões que importam e opiniões que não importam. Você deve se concentrar no primeiro grupo, não no segundo. O problema é que as pessoas tentam impressionar os outros que se situam no segundo grupo. Raramente você vê um marido ou esposa que compra o carro apenas para impressionar o seu cônjuge.
Ele quer impressionar os vizinhos, colegas de trabalho, mas principalmente ele quer impressionar quem o vê no trânsito. Será que a opinião de todo mundo importa? É claro que não. Da mesma forma, a pessoa que compra roupas apenas para impressionar quem a vê andando na rua, estará gastando dinheiro à toa, pois a opinião das pessoas que estão na rua pouco importarão para ela.
Não centralize sua vida nas coisas que compra apenas para impressionar os outros, mas sim nos valores que podem influenciar positivamente a vida de todas as pessoas ao seu redor. Pense mais como um investidor, preencha sua vida com mais sentido e menos coisas. E, quando for preenchê-la com bens, que seja um preenchimento conectado aos seus valores, feito de um modo equilibrado e para fins proveitosos – e não apenas para tentar impressionar os outros. Porque, afinal, eles já estão ocupados demais tentando te impressionar. Agindo assim, a sua vida fica mais leve. E o seu bolso também.
É isso aí! Um grande abraço e que Deus os abençoe!
PS: a fonte de inspiração para escrever esse artigo foi a dica de economia “pare de tentar impressionar os outros” contida na leitura do livro “Dinheiro e Vida” (Ed. Cultrix), de Joe Dominguez e Vicki Robin. Fiz uma resenha desse livro no meu blog Valores Reais.
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