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Abertas inscrições para a Comunidade de Educadores Liga Steam

Proposta pedagógica abrange cinco áreas de conhecimento

by Agência Brasil
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Professores de todo o país que tenham interesse em impactar as redes públicas de ensino por meio da implementação da abordagem Steam têm até o dia 23 de agosto para se inscrever no edital que vai selecionar 50 profissionais para integrar a Comunidade de Educadores Liga Steam – Coorte 2023.

As inscrições foram abertas domingo (23) e podem ser feitas no site da liga. Todo o processo é gratuito e inclui certificado de 50 horas de formação do educador.

Steam é uma abordagem educacional que integra as áreas de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática e é muito difundida nos Estados Unidos, na China, na Austrália e no Reino Unido, mas ainda é recente no Brasil.

A abordagem Steam desenvolve conhecimento por meio de metodologias ativas, como aprendizagem baseada em projetos, a partir da resolução de problemas reais do dia a dia. Os projetos valorizam a contribuição coletiva dos alunos e a aplicação de conhecimentos e habilidades de diferentes áreas.

A Liga Steam foi lançada em 2022 pela Fundação ArcelorMittal e promove esse tipo de abordagem em escolas brasileiras por meio do Prêmio Liga Steam que, este ano, recebeu inscrições de quase mil professores de redes públicas de 25 estados brasileiros e do Distrito Federal.

A liga é uma iniciativa da Fundação ArcelorMittal e da Fundação Banco do Brasil, em parceria com a AVSI Brasil (Associação Voluntários para o Serviço Internacional) e a Tríade Educacional.

Conhecimento

“Quem vai fazer essa implementação não precisa ser necessariamente formado nessas áreas”, disse nesta segunda-feira (24) à Agência Brasil Lilian Bacich, diretora da Tríade Educacional. Tanto professores da rede privada de ensino quanto da rede pública são convidados a participar desse processo seletivo, englobando desde a educação básica até o ensino superior. Além de preencher um formulário com questões básicas relacionadas ao trabalho em educação e no interesse em impactar as redes públicas, os educadores deverão responder questões vinculadas ao conhecimento Steam.

Pelos critérios de seleção, o candidato precisa ter algum conhecimento sobre metodologias ativas, “porque a abordagem Steam requer o educador desenvolver um aluno protagonista, que seja autônomo.

Este é o segundo ano do edital. O primeiro contou também com 50 educadores que, ao final da formação (Imagem: Pixabay)
Este é o segundo ano do edital. O primeiro contou também com 50 educadores que, ao final da formação, publicaram um e-book (Imagem: Pixabay)

Essa pessoa precisa ter conhecimento sobre metodologias ativas. Além disso, ele deve ter interesse em impactar as redes públicas. Há perguntas para entender qual é a motivação dele. Isso também conta para a gente”, disse Lilian.

Este é o segundo ano do edital. O primeiro contou também com 50 educadores que, ao final da formação, publicaram um e-book (livro digital), onde expõem suas ideias. A intenção é realizar um novo edital em 2024, para disseminar o Steam.

Treinamento

A relação dos selecionados será divulgada no dia 1º de setembro. Até dezembro, eles receberão treinamento específico para se tornarem referência em Steam, de modo a disseminar essa abordagem educacional. No fim do ano, eles desenharão um projeto de implementação e, no ano seguinte, receberão mentoria para apoiá-los nessa implementação.

Como haverá pessoas de todas as regiões do Brasil, a primeira parte de formação será online e a segunda envolverá a implementação do projeto nas redes.

Pesquisa feita no ano passado mostra que os educadores do país percebem a importância de trazer os projetos Steam para a sala de aula, envolvendo criatividade, comunicação, pensamento crítico dos alunos, mas não sabem como fazer isso.

“Identificam todas as vantagens, mas não tiveram isso em sua formação. No Brasil, isso é muito recente. Como temos a identificação do potencial de desenvolver o estudante de forma integral dentro da escola, essa formação faz falta. Então, o impacto é extremamente positivo, porque percebemos que os professores que aprendem e levam para sua sala de aula, ou disseminam em uma rede, colhem os frutos de um aluno mais interessado, que olha para o seu entorno e procura resolver problemas. É o que precisamos: um cidadão que tenha um olhar mais amplo para a sua realidade”, afirmou Lilian.

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