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Ambientalistas intensificam monitoramento da Amazônia com chegada da temporada de incêndios

O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 43% nos primeiros sete meses do ano, de acordo com dados preliminares do governo

by Reuters
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 Ambientalistas alertam que a Amazônia pode sofrer uma intensa temporada de queimadas este ano, apesar de uma queda nos níveis de desmatamento, já que anos de destruição acumulada somados à chegada do El Niño podem transformar áreas da floresta em barris de pólvora.

Sobrevoando uma região próxima à cidade de Porto Velho esta semana para monitorar a maior floresta tropical do mundo, uma equipe do Greenpeace avistou vários incêndios na área durante o período mais quente do ano, que vai de julho a setembro.

“A gente está em pleno verão amazônico, quando é o período mais quente e seco na região e costumeiramente a gente vê um aumento de queimadas”, disse o porta-voz do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, observando a floresta a partir de um avião.

O auge da temporada anual de queimadas na Amazônia geralmente acontece entre agosto e setembro, quando os incêndios tendem a aumentar à medida em que as chuvas diminuem, permitindo que fazendeiros e pecuaristas ateiem fogo em áreas desmatadas.

Em 2023, ambientalistas e especialistas estão em alerta, pois as condições de incêndio podem ser agravadas pelo padrão climático El Niño, que deve se fortalecer em outubro.

O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 43% nos primeiros sete meses do ano, de acordo com dados preliminares do governo, aumentando a credibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma voz regional pela conservação ambiental.

Mas seu governo não pode baixar a guarda.

“É importante (manter o controle) porque nos últimos quatro anos a gente teve muita área desmatada”, disse Batista. “Então existe muita matéria orgânica no solo que vai secar e pode aumentar ainda mais os incêndios nos próximos meses”.

Lula assumiu o cargo em janeiro prometendo acabar com o desmatamento até 2030, depois que a destruição aumentou no governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que cortou programas e iniciativas de proteção ambiental durante sua mandato, entre 2019 e 2022.

Lula vai se reunir na próxima semana com líderes de outros países amazônicos para uma cúpula em Belém que vai discutir formas de proteger a floresta tropical.

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