Home Economia e Política Brasil tem desafio de avançar na atração de investimentos estrangeiros, diz Galípolo

Brasil tem desafio de avançar na atração de investimentos estrangeiros, diz Galípolo

"O que eu acho que resta como desafio para o Brasil é conseguir avançar na atração de investimentos", disse Galípolo

by Reuters
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 O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira que o Brasil tem o desafio de avançar na atração de investimentos que possam colaborar para a produtividade no país, em um cenário em que a economia brasileira tem se “comportado bem” diante do panorama turbulento no exterior.

Ao participar virtualmente de evento da Associação de Bancos do Estado do Rio de Janeiro sobre a política monetária no Brasil, Galípolo apontou que o Brasil deve apresentar medidas que reforcem suas vantagens comparativas, como a capacidade de contribuir para a cadeia produtiva global com um transição ecológica que não contribua para a inflação.

“O que eu acho que resta como desafio para o Brasil é conseguir avançar na atração de investimentos”, disse Galípolo.

“Um tema que eu acho que a gente deveria como país cada vez mais destacar são as vantagens que o Brasil oferece para ser um local que pode se engajar nas cadeias produtivas globais para permitir que a transição ecológica se dê com custos menores.”

O diretor do BC também destacou que o Brasil tem apresentado um crescimento econômico surpreendente e uma inflação benigna, o que poderia ser explicado pelo impulso das safras agrícolas ao longo do ano e pelo impacto de reformas estruturais recentes que ocorreram no país.

Ele ainda enfatizou que o cenário externo tem sido predominante para o comportamento das variáveis macroeconômicas tanto no Brasil quanto no exterior, citando os juros altos dos Treasuries e os conflito no Oriente Médio como determinantes para o comportamento da economia mundial no momento.

Nesse contexto, o Brasil tem se destacado, beneficiado por resultados favoráveis de sua balança comercial e reservas internacionais elevadas, disse o diretor.

Galípolo destacou que os preços do real têm mostrado um bom comportamento. Ele acrescentou que o país mantém uma taxa de juros com prêmio significativo, por conta de seu patamar ainda contracionista.

“Apesar de a gente estar cortando juros, a política monetária está em um nível contracionista que preserva um prêmio bastante significativo, ou seja, é bastante atraente para os investidores”, afirmou.

Após três cortes de 0,5 ponto percentual nas mais recentes reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa Selic está em 12,25%.

Galípolo ponderou que o cenário macroeconômico global ainda é bastante incerto, o que justifica a postura de diversas autoridades monetárias ao redor do mundo de preferir aguardar mais dados econômicos para realizar conclusões definitivas sobre o futuro da política monetária.

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