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Como proteger o chip de clonagem no celular

Ao ter acesso ao chip, o criminoso pode receber códigos para cadastrar o WhatsApp em um novo aparelho

by Blog do Serasa
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Com o uso frequente de celulares em nosso cotidiano, é importante conhecer os riscos envolvidos caso um criminoso “clone” o chip do aparelho.

A clonagem pode permitir o acesso a mensagens, senhas e até mesmo aplicativos bancários ou de compras online da vítima.

Essa forma de fraude é conhecida como SIM Swap. Saiba como proteger o chip de clonagem e conheça os problemas que podem surgir com a fraude.

O que é e como ocorre o SIM Swap

O SIM Swap é uma apropriação do número do telefone e de todos os serviços associados a ele. Os cibercriminosos aproveitam vazamentos de dados frequentes com a exposição de números de CPF, RG, telefone, endereços e até mesmo fotos na Deep Web.

Esses dados são valiosos para os fraudadores, pois permitem executar o SIM Swap. Eles se aproveitam da funcionalidade de transferência de linha e troca de chip (ou SIM Card), oferecida pelas operadoras aos clientes em caso de celular roubado ou problemas de compatibilidade com um novo aparelho.

Os golpistas entram em contato com a operadora, se passam pelo titular da conta e confirmam as informações, aproveitando-se dos dados vazados. Em seguida, eles transferem o número para um novo aparelho, assumindo o controle total do telefone. 

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Os golpistas entram em contato com a operadora, se passam pelo titular da conta e confirmam as informações
(Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O risco tem aumentado porque o celular se tornou também um meio de pagamento bastante utilizado pelos brasileiros. Uma pesquisa de maio de 2023 realizada pela Opinion Box identificou que 30% das pessoas entrevistadas utilizam pagamento por aproximação com o celular. 

As carteiras digitais também ganharam destaque na pesquisa: 48% dos entrevistados utilizam essa forma de pagamento. Por isso, a conduta preventiva torna-se fundamental.

Problemas causados pelo SIM Swap

Quando um cibercriminoso obtém acesso ao celular por meio do SIM Swap, vários problemas podem surgir. Em primeiro lugar, o número de telefone fica “funcional”, permitindo que o golpista ligue para todos os contatos salvos e aplique diferentes tipos de golpes. 

É importante ressaltar que isso não se limita apenas a chamadas telefônicas. Ao ter acesso ao chip, o criminoso pode receber códigos para cadastrar o WhatsApp em um novo aparelho, permitindo a comunicação com os contatos, acesso a conversas antigas e até a realização de backups de fotos e mensagens.

Além disso, o invasor pode acessar aplicativos de e-commerce e realizar compras utilizando o cartão de crédito já cadastrado na plataforma. Isso sem mencionar os aplicativos de entrega, transporte e outros serviços.

Em casos mais graves, o invasor pode até mesmo acessar a conta bancária ou realizar pagamentos ou transferências.

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O problema existe quando o telefone está vinculado a contas como WhatsApp, Facebook, Twitter e outras
(Imagem: Pixabay/TheDigitalWay)

O SIM Swap é semelhante a um roubo de conta (account takeover), mas é na verdade uma apropriação do número de telefone.

O problema existe quando o telefone está vinculado a contas como WhatsApp, Facebook, Twitter e outras. 

Dicas para se proteger do SIM Swap

Diante dos prejuízos que o SIM Swap pode causar, é importante seguir condutas preventivas para dificultar a ação dos fraudadores. Aqui estão algumas recomendações:

  1. Utilize senhas fortes: Usar senhas fortes é fundamental para evitar muitos tipos de golpes, inclusive o SIM Swap. Como os golpistas provavelmente terão acesso a muitos dos dados, usar senhas simples, como a data de aniversário, facilitará o trabalho deles ao tentar acessar os aplicativos do celular. 
  2. Evite o login automático com mídias sociais: Evite utilizar a opção de login automático com o Facebook ou outras plataformas sociais em sites e aplicativos. Caso ocorra SIM Swap, essa funcionalidade concederá acesso automático aos fraudadores, uma vez que eles terão controle do telefone e provavelmente também terão acesso à conta em mídias sociais. 
  3. Ative a verificação em duas etapas: Ative a verificação em duas etapas em vários aplicativos e redes sociais, como o WhatsApp. Com a clonagem do chip, o criminoso receberá facilmente um SMS com um código para ativar o WhatsApp no aparelho dele. No entanto, a verificação em duas etapas exigirá que ele insira uma senha adicional antes de efetuar o login.
  4. Ative os códigos PIN e PUK do chip: Os códigos PIN e PUK estão impressos no próprio chip do celular. Ao inserir o chip em um novo aparelho, o código PIN será solicitado para liberar o uso. Caso o código PIN seja inserido incorretamente várias vezes, será necessário inserir o código PUK. Se o código PUK for inserido incorretamente 10 vezes, o chip será bloqueado permanentemente.

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