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Curto prazo? Longo prazo?

by Conrado Navarro
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Odir escreve: “Primeiramente, parabéns pelo seu blog. Ele é extremamente útil e acessível a todas pessoas. Bem, gostaria de saber qual investimento eu devo fazer com o prazo de 5 anos? A minha preocupação está intimamente ligada à questão do imposto de renda. Obrigado”.

Caro Odir, seja bem vindo ao blog Dinheirama.com. Obrigado pelas palavras e pelo apoio. Espero poder retribuir a atenção, ajudando-o com seu questionamento. Primeiro, vamos separar o que é curto prazo do que é longo prazo, para efeitos de investimentos e IR. O curto prazo corresponde aos fundos cujo prazo médio de vencimento dos títulos em carteira seja menor do que 365 dias. E longo prazo, corresponde aos fundos cujo prazo médio de vencimento dos títulos em carteira seja maior do que 365 dias. Cada um destes cenários tem uma tabela correspondente para tributação. Exclui-se destas regras a renda variável, que possui alíquota de 15% independente do prazo. Vamos entender isso?

É importante lembrar que o imposto incide apenas sobre os rendimentos obtidos no período, seguindo as regras abaixo:

Curto prazo

  • 22% caso a aplicação fique até 6 meses
  • 20% caso a aplicação fique de 6 a 12 meses

Longo prazo

  • 22,5% caso a aplicação fique até 6 meses
  • 20% caso a aplicação fique de 6 a 12 meses
  • 17,5% caso a aplicação fique de 12 a 24 meses
  • 15% caso a aplicação fique acima de 24 meses

Portanto, vemos que para uma aplicação de 5 anos (60 meses), a alíquota será de 15% sobre os rendimentos, o que já o coloca no grupo que leva a menor mordida do Leão. Mas onde aplicar seu dinheiro? Para responder esta pergunta, você primeiro precisa definir quanto quer correr de risco e principalmente qual a rentabilidade desejada para o período. Lembre-se que o prazo de 5 anos pode ser curto para aplicações muito arriscadas, como ações, embora nossa recente história mostre dados diferentes. É o risco.

Minha sugestão é que, independente do quanto tenha para aplicar, o faça de forma a ter parte investida em fundos mais conservadores, parte em fundos Multimercado e de 3% a 10% em ações. O percentual de cada parcela deve levar em consideração que 5 anos podem ainda trazer juros não tão baixos (boas alternativas ainda no Tesouro e renda fixa) e que a Bolsa vive um bom momento no Brasil (fundos Multimercado com parte de seu portfólio em ações pode ser uma boa alternativa). Você pode ler mais sobre isso no artigo Risco versus Retorno, aqui neste mesmo blog. Espero ter ajudado. Um grande abraço.

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