Durante seu Investor Day em Nova York, a Embraer (EMBR3) anunciou uma drástica redução de 47% nos investimentos (capex) para os próximos ciclos, destacando uma significativa mudança estratégica.
Victor Mizusak, analista da Ágora Investimentos, ressalta que “além da EVE, que será autofinanciada, não há projetos conhecidos que exijam capital.” Essa medida já refletiu na alavancagem, que diminuiu para 1,5x dívida líquida/EBITDA no terceiro trimestre de 2023, comparado a 20,7x em 2020 e 3,4x em 2019.
Receitas em foco: projeção de US$ 10 bilhões até 2030 impulsiona época de colheita
A Embraer enfatizou sua “época de colheita”, apontando para uma projeção ambiciosa de receitas que poderão atingir US$ 10 bilhões até 2030.
Larissa Monte, analista da Ágora Investimentos, destaca que “considerando a subsidiária EVE, os eVTOLS poderão acrescentar outros US$ 4 bilhões até 2030.” A empresa reforça sua nova abordagem comercial nos EUA, visando competir diretamente com os A320 e B737 em rotas específicas.
Embraer mirando desalavancagem e aumento de margens até 2024
A Ágora Investimentos mantém sua recomendação de Compra para a Embraer, destacando a estratégia de desalavancagem e aumento de margens até 2024. Wellington Lourenço, analista da Ágora Investimentos, ressalta que “o aumento das entregas também deverá contribuir para maior alavancagem operacional, e a nova estratégia comercial para os E2 nos EUA poderá ser um divisor de águas para a Embraer.” O preço-alvo para 2024 permanece em R$ 31,00.