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Governo corta importação de pneus chineses por concorrência desleal

Importações de “pneus agrícolas” e “laminados a frio” vieram de Hong Kong e Turquia, mas substancialmente produzidos na China

por Agência Gov
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Investigações concluídas pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) identificaram mais dois casos em que produtos sujeitos a medidas antidumping vinham entrando no Brasil sem o recolhimento das sobretaxas aplicadas.

“Sob orientação do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o governo brasileiro intensificou o combate ao comércio desleal e às irregularidades nas importações, identificando e interrompendo operações que descumprem as normas”, lembra a secretária de Comércio Exterior Tatiana Prazeres. “Assim, o MDIC reforça seu papel de estímulo a práticas justas e leais de comércio internacional”.

Os casos identificados agora envolvem importações de “pneus agrícolas” e “laminados a frio” vindos de Hong Kong e Turquia, respectivamente, mas substancialmente produzidos na China – origem que possui medida antidumping aplicada.

Os históricos das investigações, com suas conclusões, constam das portarias Secex 312/2204 313/2024 , publicadas no Diário Oficial da União na sexta-feira (26).

Valor por tonelada de pneus

As importações de pneus agrícolas da China estão sob medida antidumping até 2028 – o que significa que, para cada tonelada de produto importado daquele país, o comprador tem de pagar entre US$ 345,37 e US$ 3.028,62 adicionais.

Já as medidas contra laminados a frio, do mesmo país, vigoram até outubro deste ano –com sobretaxas de US$ 175,62 e US$ 629,44 por tonelada.

A Secex apurou que, em intervalos distintos de 12 meses, entraram no país 63,4 toneladas de pneus agrícolas vindo de Hong Kong e 252 toneladas de laminados a frio da Turquia.

Com a conclusão dos procedimentos, os produtos, quando vindos desses dois países e dos alegados produtores investigados, passam a ser classificados como originários da China. O MDIC remeteu os casos à Receita Federal para medidas adicionais.

As verificações de origem sobre pneus e laminados tiveram início em janeiro deste ano. Atualmente, existem outros quatro casos sob investigação.

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