O Ibovespa (IBOV) distanciava-se das mínimas do dia e flertava com o território positivo nesta quarta-feira, endossado pela estabilização dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, conforma agentes contrabalançavam dados da economia norte-americana e declarações do chair do Federal Reserve.
Às 15:00, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,1%, a 127.426,59 pontos. Na mínima mais cedo, chegou a 126.181,37 pontos. Na máxima, alcançou 127.693,56 pontos.
O volume financeiros somava 14,5 bilhões de reais.
Em Nova York, o rendimento do Treasury de 10 anos marcava 4,3592%, após avançar a 4,429% na máxima da sessão, de 4,365% na véspera. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subia 0,33%.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou nesta quarta-feira que o banco central da maior economia do mundo tem tempo para deliberar sobre seu primeiro corte na taxa de juros dada a força da economia e as recentes leituras de inflação elevada.
Ele repetiu que se a economia evoluir de forma geral como os integrantes do Fed esperam, eles concordam que uma taxa mais baixa será apropriada “em algum momento deste ano”. Mas reforçou que isso só acontecerá quando “tiverem mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável” para os 2%.
Em paralelo, dados mostraram que o setor de serviços dos EUA desacelerou em março, e uma medida dos preços pagos pelas empresas por insumos caiu a uma mínima em quatro anos. A abertura de vagas no setor privado vista pela ADP, por sua vez, mostrou um mercado de trabalho ainda forte no mês passado.
A agenda norte-americana ainda reserva na semana o relatório do governo sobre o mercado de trabalho dos EUA em março.
Entre as ações, um dos principais suportes vinha de Bradesco, com as preferenciais em alta de 2,33%, enquanto o declínio de 1,68% dos papéis da Vale, em dia de queda do minério de ferro na China, exercia uma pressão negativa relevante no Ibovespa