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Ibovespa: veja os 11 destaques nesta sexta-feira; Yduqs recua 9%

Às 10h45, o Ibovespa caía 0,27%, a 127.340,34 pontos

by Reuters
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O Ibovespa (IBOV) tinha variações modestas nesta sexta-feira, marcada por vencimento de opções sobre ações na B3, com agentes financeiros repercutindo resultados corporativos enquanto se preparam para os desfechos de reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na próxima semana.

Às 10h45, o Ibovespa caía 0,27%, a 127.340,34 pontos, caminhando para terminar a semana quase no zero a zero (+0,2%). Na máxima do dia até o momento, marcou 127.957,49 pontos. No pior momento, registrou 127.340,34 pontos. O volume financeiro nesta sessão somava 2,77 bilhões de reais.

“Todos os olhos estão voltados para a reunião do Fomc da próxima semana”, afirmou a analista sênior do Swissquote Bank Ipek Ozkardeskaya, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, que terá o desfecho de seu encontro conhecido na quarta-feira.

Ozkardeskaya acrescentou que o Fed irá atualizar o seu “dot plot” (gráfico de pontos) após ter visto uma aceleração na inflação por dois meses e dados robustos sobre o mercado de trabalho, entre outros dados.

“Há uma hipótese de vermos a previsão mediana mostrar não mais do que dois cortes de taxas previstos pelos membros da Fed para o ano – em vez de três traçados no ‘dot plot’ (da reunião) de dezembro”, avaliou Ozkardeskaya em comentário enviado a clientes nesta sexta-feira.

“Nós vamos para a reunião do Fomc da próxima semana com uma inclinação ‘hawkish’, sabendo que é sempre melhor para a Fed não agir demasiado cedo do que ser forçado a fazer uma inversão de rumo no caminho.”

Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,56% nos primeiros negócios, com a pauta do dia nos EUA mostrando desaceleração na alta dos preços de importados em fevereiro ante janeiro, enquanto a produção industrial cresceu no mês passado ante previsão de estabilidade.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 4,3103%, de 4,298% na véspera.

No Brasil, o mercado se prepara para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também na quarta-feira, com todos os 47 economistas consultados de 11 a 14 de março pela Reuters estimando um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic pela sexta vez seguida, a 10,75%.

A dúvida é se o BC alterará a orientação, também dada desde agosto do ano passado, de que antevê cortes de 0,50 ponto nas “próximas reuniões” – o que implica pelo menos duas reduções adicionais desse valor.

Nesta sexta-feira, a pauta doméstica mostrou que o setor de serviços registrou crescimento do volume em janeiro pelo terceiro mês seguido, de 0,7% ante o mês anterior, iniciando 2024 com desempenho bem melhor do que o esperado, com impulso de cinemas e streamings em razão das férias.

Destaques

Yduqs (YDUQ3) recuava 9,01%, a 19,30 reais, após registrar prejuízo líquido de 120,3 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, acima da perda de 84,3 milhões registrada um ano antes. O grupo de educação, contudo, estimou crescimento de dois dígitos no lucro líquido ajustado do primeiro trimestre deste ano sobre o mesmo período de 2023. No ano passado, a companhia teve lucro ajustado de 156 milhões de reais nos primeiros três meses do ano. A empresa aposta na redução de alavancagem e no cenário macro mais favorável para melhorar seu resultado.

 Lojas Renner (LREN3) caía 4,85%, a 15,71 reais, após divulgar na véspera lucro líquido de 526,9 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 9,4% ano a ano, assim como juros sobre o capital próprio de 143,7 milhões. A varejista de vestuário também anunciou que seu atual presidente do conselho de administração e ex presidente-executivo, José Galló, deixará o colegiado após assembleia convocada para 18 de abril. Galló atuou como presidente-executivo da Renner por 27 anos até 2019, e comandou o conselho por mais cinco anos.

Eztec (EZTC3) perdia 3,05%, a 16,51 reais, revertendo a alta da abertura, mesmo após a empresa do ramo imobiliário mostrar que apurou lucro líquido de 82,8 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, um salto de 162,8% ante o mesmo período do ano anterior. A companhia também aprovou 19,7 milhões de reais em dividendos intercalares.

No setor, Cyrela (CYRE3) mostrava decréscimo 2,13%, a 24,83 reais, tendo também balanço como pano de fundo.

Weg (WEGE3) valorizava-se 1,30%, a 38,28 reais, endossada por relatório de analistas do Itaú BBA, que elevaram a recomendação dos papéis da empresa para “outperform”.

Hypera (HYPE3) avançava 2,29%, a 33,53 reais, experimentando uma recuperação após queda de 3,7% no último pregão, na esteira da repercussão do balanço do último trimestre do ano passado, que mostrou queda de quase 29% no lucro líquido do quarto trimestre. A farmacêutica também divulgou previsões para 2024 e executivos da companhia disseram enxergar crescimento de um dígito alto em vendas “sell out” nos primeiros três meses deste ano.

Braskem (BRKM5) recuava 1,14%, a 20,76 reais, tendo no radar reportagem da Folha de S.Paulo de que o governo federal está avaliando a indicação de Guido Mantega para o conselho de administração da petroquímica, controlada por Novonor, ex-Odebrecht, e Petrobras.

Vale (VALE3) caía 0,79%, a 59,97 reais, em meio a mais uma queda dos preços futuros do minério de ferro na China, diante do fraco apetite de compra no mercado à vista e das perspectivas sombrias de demanda do principal mercado consumidor da commodity. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações do dia com declínio de 3,46%, a 781,5 iuans (108,61 dólares) a tonelada, o menor valor desde 22 de agosto de 2023. Na semana, acumulou uma perda de 11%.

Petrobras (PETR4) registrava variação positiva de 0,03%, a 36,23 reais. O preços do petróleo no exterior caíam. O barril de Brent cedia 0,71%, a 84,81 dólares.

 Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,32%, a 34,62 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) apurava um decréscimo de 0,42%, a 14,27 reais.

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