Incêndios ampliados pelos ventos de um distante furacão devastaram partes de Maui e da Ilha Havaí nesta quarta-feira, forçando moradores a serem retirados e transformando destinos amados por turistas nas ilhas tropicais em infernos de chamas.
Alguns moradores de Maui pularam no oceano para escapar da fumaça e das condições do incêndio. A Guarda Costeira dos EUA os resgatou, segundo um comunicado do governo do Condado de Maui. A Cruz Vermelha norte-americana abriu um centro de isolamento em uma escola de ensino médio, disse o condado.
Detalhes oficiais sobre a quantidade de mortes e a extensão dos danos a prédios eram escassos no começo da manhã de quarta-feira, mas moradores em pânico fugindo das chamas publicaram vídeos e fotos nas redes sociais, exibindo nuvens apocalípticas de fumaças subindo entre praias e palmeiras paradisíacas.
A situação no Havaí refletiu cenas de devastações em outras partes do mundo neste verão (no Hemisfério Norte). Incêndios causados por temperaturas recordes forçaram a retirada de dezenas de milhares de pessoas em Grécia, Espanha, Portugal e outros países da Europa.
Cientistas afirmam que mudanças climáticas causadas pelos seres humanos — alimentadas pelo uso de combustível fóssil — estão aumentando a frequência e a intensidade desse tipo de evento de clima extremo. Faz tempo que eles avisam autoridades governamentais da necessidade de reduzir drasticamente as emissões para impedir uma catástrofe climática.
O Serviço Nacional do Clima afirmou que os atuais incêndios florestais surgem de uma mistura de condições: vegetação seca, fortes ventos e baixa umidade. Segundo a Universidade do Havaí, grandes incêndios ocorrem quase anualmente em algumas partes do arquipélago, embora o escopo dos atuais seja incomum.