Todas as pessoas buscam a grandeza, assim como todos os rios e riachos buscam os oceanos. A trajetória rumo a excelência na liderança pode não ser tranquila ou pode até mesmo ser interrompida por revezes.
Vez por outra, existirão quedas inesperadas como as cachoeiras. Para alguns, uma experiência fatal; para outros, uma bela oportunidade para moldar a vida, sua capacidade de liderar e gerar novas paisagens no planeta mercado.
Lideres que despertam para sua trajetória de valor, e seguem constantes como os rios em sua corrente, sabem que serão acompanhados por três fatores contínuos quando um desafio aparece: mudanças, princípios e escolhas.
As mudanças trazem consigo a exigência de realinhar-se. Um rio sempre muda depois de uma cachoeira, além do que essas quedas deixam a paisagem mais bela. Ainda que situações como os erros e fracassos façam parte do trajeto e sirvam de aprendizado, dando-nos uma topografia diferente, como poderíamos nos assegurar de que os obstáculos sejam a favor e não contra? Há que se experimentar a mudança.
Os princípios são leis universais. Quando um rio depara-se com uma queda, já sabe que suas aguas despencarão. Para o rio, a lei da gravidade é um princípio. Não basta ter pensamento positivo, afinal as consequências dos princípios são inalteráveis. Todavia, o beneficio é que seus resultados são previsíveis.
Os princípios estão lá fora e não podem ser quebrados. O fato é que apenas quebramos a nós mesmos quando tentamos ludibriar a mãe natureza. A queda sugere perigo e morte, é uma inferência do perdedor. Mas para um rio constante, usar o princípio não implica em “se vai cair ou não”, mas “como” cair.
Em outras palavras, o rio usa a queda (o principio da lei da gravidade) a seu favor. Não devemos evitar os princípios, mas absorvê-los como nossos valores. Para lidar bem com as mudanças indesejadas, o rio não tenta mudar a lei da gravidade, mas rende-se a ela e se beneficia dela. Mas como?
As escolhas tornam tudo possível. Escolhas são poderosas porque é o privilégio que cada um de nós tem para decidir se vamos ou não usar os princípios a nosso favor mediante as mudanças que ocorrerão. Elas são o poder de impactar de forma significativa as outras duas constantes mencionadas acima.
Quando as mudanças são enormes e os princípios parecem não ser um benefício, podemos seguir o exemplo dos rios que se transformam em cachoeiras. Podemos escolher usar o princípio em nosso benefício mediante as mudanças.
Ora, os rios usam a gravidade para ganhar velocidade, usam sua flexibilidade para contornar ou sobrepor obstáculos e passam a ser novos. Para alguns, uma queda significa estar fragilizado e mais longe de seu objetivo, mas para os rios ela significa renovação, aprendizado e liderança.
Cachoeiras geram um novo nível de vida. Para alguns, o rio estará em nível mais baixo, mas para o seu proposito interno, ele está mais próximo da grandeza e ainda mais formoso. Afinal, não estará ele mais perto do oceano?
Lembre-se sempre que desfrutar da jornada ainda que existam percalços é um dos desafios da liderança, o que faz dela ainda mais interessante. Compartilhe seus insights e experiências comigo e com mais leitores. Sua superação pode ser a inspiração para muitos, então use o espaço de comentários abaixo. Até a próxima.
Foto Ban Gioc waterfall, Shutterstock.