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6 Dicas para reformar sem se endividar

by Nathalia Arcuri
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Querido leitor do Dinheirama, quero dividir com você um pouco da minha experiência recente com a reforma econômica lá de casa e convidá-lo ao incrível mundo das obras que terminam fora do prazo, mas dentro do orçamento.

Agora que a poeira abaixou (esta não é uma força de expressão) e os pedreiros, pintores e marceneiros já não estão mais por perto à espreita de meus textos e vídeos, posso compartilhar minhas técnicas de redução de custos da reforma sem medo de ser flagrada pelos meus algozes.

Durante um mês, 16 dias e 3 horas eu e meu marido compartilhamos nosso lar com cinco pessoas. Três pedreiros/pintores/faz tudo e dois marceneiros. A parte boa é que podíamos confiar plenamente a nossa casa aos cuidados deles, a parte ruim é que nos 15 dias finais já não aguentávamos mais dividir nosso espaço com os educados marmanjos e estávamos prestes a jogar a economia de morar na obra para o espaço.

Dicas para reformar sem se endividar

A seguir vou dividir com vocês alguns dos passos para realizar a tão sonhada reforma sem os sustos frequentes que tiram qualquer saldo bancário do equilíbrio.

Dica 1: Estabeleça o limite do orçamento

Se você é solteiro(a) basta analisar a própria conta e/ou investimentos feitos com o intuito de reformar a casa e estabelecer um teto compatível com a reserva que já tem. Se é casado, é preciso sentar e abrir o diálogo com o cônjuge e verificar quais são as reais possibilidades de ambos na execução da reforma.

Atualmente, qualquer dívida mal planejada corre o risco de não ser quitada no longo prazo. O cenário econômico atual pode mudar seus planos, o desemprego pode bater à sua porta e, se a ideia inicial era parcelar os móveis novos, por exemplos, deixe a reforma para depois.

Ter o dinheiro suficiente para a reforma vai te trazer diversos benefícios como:

  • Maior controle dos gastos;
  • Possibilidade de comprar à vista e com desconto;
  • Segurança e tranquilidade para desfrutar do conforto do lar doce lar quando a reforma acabar.

Dica 2: Identifique as prioridades e permaneça fiel a elas

Antes de chamar um pedreiro, empreiteiro ou de colocar a mão na massa, analise friamente o que realmente precisa ser modificado. Eu sei que é difícil conter aquele sentimento “jaque”, conhece?

É mais ou menos assim: “Já que eu vou mudar a pia do banheiro, porque não mudar o piso da cozinha?” ou ainda “Já que a gente vai quebrar a cozinha, porque não abrir a sala e fazer uma linda parede de vidro aqui no meio?” e assim por diante…

Tendo como ponto de partida o orçamento limite, fica mais fácil identificar o que realmente será contemplado pela obra e permanecer fiel aos números apresentados pela realidade.

No meu caso optamos por sair da obra e ir para a casa dos meus pais apenas na primeira semana (fase da quebradeira) e depois encaramos a rotina de acordar todos os dias ao som do Beto Barbosa assoviado pelo querido auxiliar de pedreiro.

Foi um risco calculado. Os custos com hotel ou apartamento alugado pelo período diminuiriam nossa capacidade de compra e a reforma não teria sido a mesma sem esse nosso esforço extra. Coloque sua paciência na balança financeira!

Dica 3: Saiba quanto vai custar

Não adianta definir um orçamento e identificar os ambientes que serão reformados se você não souber quanto isso vai lhe custar. Faça uma lista de todos os itens que pretende modificar, pesquise o valor de mercado, a quantidade necessária para substituí-los e não esqueça de cotar também a mão de obra que executará o serviço. Essa é a etapa mais trabalhosa do ponto de vista do planejamento, mas vai por mim, é a mais importante.

Dica 4: Compare

Por mais que você goste daquele depósito perto da sua casa, faça um esforço para ir além dos limites do próprio bairro em nome da economia no final da obra. Durante a minha reforma encontrei uma diferença de 20% no valor das tintas, 60% no valor das lâmpadas, 65% no valor do mesmo tapete e assim por diante. Só nesses três itens, deixei de desembolsar R$1.100,00.

Com as ferramentas de busca da internet fica mais fácil comparar preços e fazer a melhor opção. Por isso é importante planejar cada detalhe com antecedência. A pressa é inimiga do nosso bolso.

Dica 5: Não tenha medo de pechinchar

O custo total de uma reforma pode ser reduzido drasticamente se em cada uma das negociações o valor for reduzido mediante uma boa parcela de “choro”. Na minha reforma, apenas no ar-condicionado (sobreviver ao verão estava entre nossas prioridades) consegui um desconto de 30% dando uma canseira no vendedor. Desconto total de R$ 500,00.

Pechinchar é uma arte que exige tempo e paciência, por isso jamais vá com pressa a uma loja. Também não hesite em pedir descontos aos prestadores de serviço, como pedreiros, pintores, etc. O preço inicial sempre pode ser reduzido após uma conversa franca.

Lembre-se que o sucesso de uma negociação depende de um resultado positivo para ambas as partes, por isso, sempre que entrar em uma disputa pelo preço, lembre-se de oferecer um benefício em contrapartida.

Dica: Pesquise alternativas criativas

O Google é o pai da criatividade e para quem precisa de alternativas baratas de decoração, reforma, revestimento e etc. não poderia haver ferramenta melhor. Para fazer bom uso das ideias disponíveis na rede, esteja aberto à possibilidade do “faça você mesmo”. É incrível a quantidade propostas com custo reduzido que aparecem todos os dias por aí.

Meu cenário novo, que em breve você vai ver lá no www.youtube.com/mepoupenaweb será decorado com pranchetas revestidas de tecido e pregadas na parede. Uma ideia simples, bonita e extremamente econômica.

Para quem gosta de decoração nessa onda do faça você mesmo, sugiro uma “viagem” pelo Pinterest, um aplicativo onde gente do mundo inteiro expõe suas inspirações.

Dicas bônus

Anote e some cada gasto, dos parafusos à mão de obra, assim que o dinheiro sair da sua conta. Pode ser em um caderno, aplicativo, planilha, não importa.

Manter os custos na ponta do lápis dificulta a desagradável surpresa de ver que a obra ficou mais cara do que você imaginava, além disso dá a possibilidade de perceber quando o orçamento está ficando apertado e que está na hora de fazer melhores escolhas ou escolha nenhuma.

Ah, e algo que eu aprendi ao longo dos últimos dias debaixo da poeira: o mais caro sempre vai chamar mais atenção e exercer uma força quase que hipnotizante sobre nós (as lojas são feitas para isso), mas no fim das contas o que vale é o resultado.

Entre dois pisos beges em que um custa R$ 119,00 o metro e o outro R$ 39,90, fique com aquele que vai exercer a função necessária dentro do perfil escolhido. Depois de instalado, você nem vai lembrar que tinha o mais caro no páreo dizendo “me leva”.

Lá no Facebook do Me Poupe contei um pouco dessa saga e mostrei alternativas criativas para reformar gastando pouco. Vale a pena dar uma olhada.

Quanto ao tempo de execução citado lá no início, prefiro não comentar. Eram para ser 20 dias, foram 36. Espero que nesse quesito você tenha mais sorte do que eu! Não esqueça de me convidar para o Open House quando a reforma acabar! Reforme conscientemente e seja feliz. Até a próxima!

Foto “Dream house”, Shutterstock.

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