A Kroton e Anhanguera, os dois maiores grupos de educação do Brasil, anunciaram uma fusão que resultará no maior conglomerado do setor do mundo. A união das duas companhias deverá ter faturamento bruto de R$ 4,3 bilhões, mais de um milhão de alunos e valor de mercado próximo a R$ 12 bilhões.
De acordo com o comunicado, a Kroton terá cerca de 57,5% da empresa resultante, enquanto os acionistas da Anhanguera ficarão com 42,5%. Como as ações da Anhanguera serão incorporadas pela Kroton, os atuais acionistas da Anhanguera receberão 1,364 ação da Kroton após a aprovação da fusão.
Para que isso aconteça serão emitidas 198.763.627 de novas ações da Kroton, observando a relação de troca, para os acionistas da Anhanguera. “A companhia combinada seguirá listada no Novo Mercado da BM&FBovespa e as companhias esperam que a associação também resulte em uma companhia com elevado nível de liquidez de suas ações”, diz o fato relevante.
O atual presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, será o presidente da nova empresa. Já o conselho de administração será comandado por Gabriel Mário Rodrigues, que lidera o conselho da Anhanguera. “Será uma empresa maior e mais eficiente, os dois grupos têm complementaridade geográfica e possibilidade de sinergias relevantes”, disse Ricardo Scavazza, atual presidente da Anhanguera.
As fortes presenças das instituições nos estados brasileiros se completam. A Anhanguera marca território em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Kroton, por sua vez, está fortemente estabelecida nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná.
Graças a união, 73% da receita virá do ensino superior em campus, 23% do ensino superior em polos associados e 4% de educação básica. O grupo terá cerca de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas.
A consumação da fusão dependerá de prévia aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No entanto, isso não parece preocupar os comandantes do acordo. Além de aumentar a área de atuação, a complementaridade geográfica faz os administradores acreditarem que não haverá maiores problemas no Cade. “Nosso market share nacional é baixo, e os munícipios onde há sobreposição de atuação são muito poucos”, diz Galindo.
Até a aprovação acontecer, a vida de estudantes e professores vinculados a instituições dos dois grupos não muda, segundo comunicado das empresas.
Sempre que dois gigantes se unem o interesse do mercado aumenta vale a pena acompanhar de perto o nascimento de um novo gigante que terá muitas oportunidades e desafios pela frente.
Até a próxima.
Fontes: iG | EXAME. Foto de freedigitalphotos.net.