O Banco Central Europeu (BCE) deu nesta quarta-feira mais um passo em direção ao lançamento de uma versão digital do euro que permitirá que as pessoas nos 20 países que compartilham a moeda única façam pagamentos eletrônicos de forma segura e gratuita.
O BCE disse que iniciará uma “fase de preparação” de dois anos para o euro digital em 1º de novembro, na qual finalizará as regras, escolherá seus parceiros do setor privado e fará alguns “testes e experimentações”.
“Depois de dois anos, o Conselho do BCE decidirá se passará para o próximo estágio de preparação, a fim de preparar o caminho para a possível emissão e implantação futura de um euro digital”, disse o BCE.
Para todos os efeitos, o euro digital será como qualquer carteira online ou conta bancária, exceto pelo fato de ser de uso gratuito e garantido pelo BCE, e não por uma empresa privada.
Mas o projeto também sofre críticas e uma das principais reclamações é que uma moeda digital pode facilitar uma fuga de bancos comerciais em tempos de crise, ao mesmo tempo em que oferece poucas melhorias em comparação com as contas existentes.
Para amenizar preocupações sobre o esvaziamento de bancos comerciais, o BCE disse que estabelecerá um limite para o número de euros digitais que cada indivíduo pode possuir, provavelmente em torno de 3 mil euros.
