A União Europeia concordou nesta quinta-feira em aprovar uma lei, fortemente contestada, que trata da restauração de ecossistemas naturais degradados e mantém medidas que alguns parlamentares fizeram campanha para eliminar.
Negociadores dos países da UE e do Parlamento Europeu chegaram a um acordo na noite desta quinta-feira, disse o Parlamento em comunicado.
A legislação será agora submetida ao Parlamento Europeu e aos países da UE para aprovação final.
A lei exige que os países implementem medidas para restaurar a natureza, abrangendo 20% das áreas terrestres e marítimas da UE até 2030.
O objetivo é inverter o declínio dos habitats naturais da Europa, 81% dos quais já classificados como em más condições.
O acordo é um compromisso alcançado após meses de campanha política que expôs profundas divisões, entre os países da UE e os parlamentares, sobre medidas ambientais.
Durante as negociações, alguns governos alertaram que a Europa está impondo leis ambientais demasiadas às indústrias, enquanto parlamentares de centro-direita da UE lideraram campanha para derrubar a proposta, argumentando que ela iria prejudicar os agricultores.
Bruxelas e alguns outros parlamentares, no entanto, têm lutado para manter a lei, por considerarem que são necessárias medidas enérgicas para travar o declínio acentuado da biodiversidade em toda a UE.