A confiança do setor de serviços do Brasil caiu em novembro pela quarta vez seguida, uma vez que pioraram as avaliações em relação à demanda e à situação atual dos negócios, mostraram os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,9 ponto em novembro, para 94,4 pontos.
“A queda foi bastante disseminada entre os segmentos do setor. A tendência de queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias ainda não se reflete em uma reaceleração no setor, que ainda dependerá da melhora da confiança dos consumidores e da continuidade do bom momento do mercado de trabalho”, disse Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
O Banco Central iniciou um ciclo de corte de juros que tirou a taxa básica Selic do pico de 13,75% para o nível atual de 12,25%, nível que ainda restringe a atividade.
“Os empresários ainda demonstram cautela frente ao cenário macroeconômico desafiador”, completou Pacini.
A FGV informou que a queda do ICS resultou da piora das avaliações sobre a situação atual.
O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, recuou 2,2 pontos, para 97,1 pontos, menor nível desde maio deste ano.
Esse resultado foi influenciado principalmente pela piora na percepção sobre o indicador de volume da demanda atual, que caiu 3,8 pontos, para 95,9; e do indicador de situação atual dos negócios, que cedeu 0,7 ponto, para 98,2.
Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, subiu 0,6 ponto, para 92, após três quedas consecutivas.