Os servidores do Banco Central aprovaram em assembleia geral nesta quarta-feira o chamado estado de greve, indicando ao governo que entrarão em greve caso demandas da categoria não sejam atendidas, informou o Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal).
O sindicato informou em nota que uma eventual greve provocará obstrução profunda na gestão do BC, resultando em atrasos de serviços, além de impactos negativos na manutenção do Pix e na execução de projetos em curso, como o Drex e a prevenção à lavagem de dinheiro.
De acordo com o Sinal, a decisão foi tomada após desdobramentos da tramitação do Orçamento de 2024 no Congresso Nacional.
“Auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal obtiveram concessões no referido texto (do Orçamento) e podem receber propostas salariais do governo nos próximos dias, enquanto os funcionários do Banco Central foram excluídos dessas possibilidades”, disse a entidade.
Segundo a nota, se confirmado “o tratamento desigual para o BC, em desfavor das outras carreiras”, uma assembleia específica será convocada em seguida para decidir pela greve.
Os servidores da autoridade monetária já estão em operação padrão em busca de reajuste salarial, criação de um bônus de produtividade e ajustes nas carreiras, o que tem provocado atrasos na divulgação de indicadores pelo BC.