O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, e seus oficiais militares afirmaram que as forças do país derrubaram três caças russos Su-34 na sexta-feira no front sul da guerra, o que foi considerado como um sucesso no conflito que já dura 22 meses.
Os militares russos não mencionaram o incidente. No entanto, blogs russos reconheceram a perda, e analistas sugeriram que mísseis Patriot fornecidos pelos Estados Unidos provavelmente foram usados na missão. A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente os relatos.
“Hoje ao meio-dia, no setor sul, menos três caças russos Su-34!”, escreveu o comandante da Força Aérea Ucraniana, Mykola Oleshchuk, no aplicativo Telegram.
O porta-voz da Força Aérea, Yuri Ihnat, descreveu a ação na televisão nacional como uma “operação brilhantemente planejada.”
“Não havia Su-34s há um bom tempo nas nossas estatísticas positivas”, afirmou ele, classificando o modelo como um das mais modernas aeronaves da Rússia para bombardeios e outros ataques.
Em vídeo noturno, Zelenskiy elogiou a unidade antiaérea de Odessa por derrubar os aviões na região de Kherson.
A região foi ocupada nos primeiros dias da invasão pela Rússia, em fevereiro de 2022. As forças ucranianas tentaram retomar o território e, em novembro, estabeleceram posições na margem oriental do Rio Dnipro, em Kherson.
O Eurasia Daily, um jornal com sede na Rússia, afirmou que o relato ucraniano é plausível. Kiev pode ter lançado mísseis Patriot, que possuem um alcance de 160 quilômetros, contra alvos em elevada altitude, a partir da margem ocidental do rio, disse.
Valeriy Romanenko, especialista em aviação ucraniana, afirmou à NV Radio acreditar que mísseis Patriot e outros foram usados para derrubar os caças.
Os sucessos ucranianos têm se tornado menos frequentes desde que as forças do país obtiveram algumas vitórias, há um ano, retomando territórios no nordeste e sul da nação.
Uma contra-ofensiva lançada no leste e no sul, em junho, progrediu pouco. Zelenskiy reconhece que as vitórias têm ocorrido de forma mais lenta, mas discordou de avaliações do comandante-chefe, Valeriy Zaluzhnyi, de que a guerra entrara em uma fase de “desgaste” e exige uma mudança tática nos ataques.