O governo vai lançar nesta semana um programa de depreciação acelerada, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltando ainda que apresentará até quinta-feira uma alternativa à desoneração da folha de pagamentos das empresas.
Em negociação há meses, o programa de depreciação acelerada permitirá que empresas deduzam investimentos em máquinas e equipamentos da base de cálculo de tributos em um prazo mais curto que o usual.
“Isso fortalece muito a atualização do equipamento. Os empresários vão ter um estímulo a mais para adquirir máquinas mais modernas para aumentar a produtividade da economia brasileira”, disse Haddad em entrevista a jornalistas, sem detalhar os prazos do programa ou o custo ao Orçamento do próximo ano.
O ministro também afirmou que o governo enviará ao Congresso Nacional entre quarta-feira e quinta-feira uma alternativa à derrubada pelo Congresso do veto à renovação da desoneração da folha de 17 setores da economia, ressaltando que uma medida provisória deve fazer parte do conjunto de iniciativas.
Haddad disse que o envio das propostas ainda depende de aprovação final da Casa Civil e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizando que serão “medidas muito prudentes, muito bem pensadas para que nós possamos ter um Orçamento mais equilibrado no ano que vem do que tivemos este ano”.
Na entrevista, o ministro ainda afirmou que a redução no preço do diesel, anunciada nesta terça-feira pela Petrobras, mais do que compensa a reoneração do combustível prevista para 1º de janeiro.
“Se você comparar o preço que a Petrobras vai cobrar no dia 1º de janeiro com a reoneração, é menos do que ela cobrou no dia 1º de dezembro sem os impostos”, disse.
Ao afirmar que o país está terminando o ano com bons indicadores “em todos os aspectos”, incluindo emprego, inflação, câmbio e juros, Haddad defendeu que o trabalho na área econômica tenha continuidade.
“Nós vamos ter que perseverar nesse caminho, nós temos ainda um caminho pela frente”, disse.