A atividade do setor de serviços do Brasil desacelerou no final do ano passado, embora tenha permanecido em território de expansão, enquanto a inflação do setor registrou o patamar mais alto em sete meses, mostrou uma pesquisa privada nesta quinta-feira.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global para o setor de serviços brasileiro recuou a 50,5 em dezembro, de 51,2 em novembro, marcando o patamar mais fraco da atual sequência de três meses de expansão. A marca de 50 pontos separa contração de avanço da atividade.
Segundo a pesquisa, apesar de um aumento nas vendas, da resiliência da demanda e de ganhos de novos clientes, a atividade de serviços foi limitada no mês passado por cancelamentos de pedidos em algumas empresas.
Embora a inflação dos custos de insumos tenha caído para seu ponto mais baixo em quase três anos e meio em dezembro, a alta dos preços cobrados pela prestação de serviços foi a mais acentuada em sete meses, ficando acima de sua média de longo prazo, disse a S&P Global.
Além disso, o nível líquido de emprego cresceu apenas moderadamente no mês passado em relação a novembro no segmento, mostrou o PMI, refletindo em parte uma queda sustentada nos volumes de negócios pendentes.
Apesar dos desafios, mais da metade dos participantes da pesquisa (51%) prevê aumento nos níveis da atividade de serviços daqui para frente, em comparação com menos de 4% que antecipam uma redução.
“Coletivamente, a confiança em relação ao futuro melhorou, atingindo um pico de quatro meses, com o otimismo associado à esperança de melhores condições econômicas, estabilidade de preços e tendências de demanda mais positivas”, disse Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.
Com a expansão moderada dos serviços após uma contração no setor industrial em dezembro, o PMI Composto do Brasil registrou leitura de 50,00 em dezembro, de 50,7 em novembro, o que aponta estagnação