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Setor de serviços no Brasil tem maior alta em 19 anos, aponta PMI

O resultado do setor de serviços brasileiro associado ao pico de 20 meses no crescimento da atividade industrial levou o PMI Composto do Brasil a 55,1 em fevereiro, de 53,2 em janeiro

by Reuters
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O setor de serviços do Brasil ganhou força em fevereiro e o crescimento da atividade atingiu um pico de 19 meses em meio à expansão de novos negócios, embora tenha havido pressão de preços, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da S&P Global disparou a 54,6 em fevereiro, de 53,1 em janeiro, patamar mais elevado desde julho de 2022. A marca de 50 separa crescimento de contração.

O resultado do setor de serviços brasileiro associado ao pico de 20 meses no crescimento da atividade industrial levou o PMI Composto do Brasil a 55,1 em fevereiro, de 53,2 em janeiro. Com isso, o crescimento da atividade empresarial marcou uma máxima em 19 meses.

“A aceleração do crescimento em ambas as categorias mostra que a demanda interna mais alta impulsionou o ritmo da expansão econômica em todo o setor privado, o que é um bom sinal para o PIB do primeiro trimestre”, avaliou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

“Parece que a incerteza política diminuiu um pouco, pelo menos por agora, com a efetiva recuperação da confiança nos negócios devido a incentivos governamentais e à liberação de investimentos industriais.”

Os novos negócios no setor de serviços, de acordo com a S&P Global, subiram no ritmo mais acelerado desde outubro de 2022, com os participantes da pesquisa citando o fortalecimento da demanda por serviços, publicidade eficaz e eventos de vendas bem-sucedidos.

Diante disso, os fornecedores de serviços contrataram funcionários adicionais em fevereiro tanto em período integral quanto em meio período, além de estagiários. No entanto, a taxa geral de crescimento de emprego desacelerou em meio a cortes de custos e capacidade ociosa em algumas empresas.

O mês ainda foi marcado por aumento nas pressões inflacionárias, com as empresas respondendo a uma alta mais acentuada nas despesas operacionais com o maior aumento dos preços de venda desde maio de 2023.

A sequência de aumentos nos preços médios cobrados chegou a quase três anos e meio, com a taxa de inflação em um pico de nove meses. As empresas que aumentaram preços citaram repasse de maiores encargos para os clientes.

Os preços de insumos subiram em fevereiro no ritmo mais forte em quatro meses, de acordo com a pesquisa, com as empresas citando pressões salariais, preços mais altos de combustíveis e despesas maiores com contas de água, eletricidade e seguros.

Ao mesmo tempo, o grau de otimismo chegou ao nível mais alto em quatro meses, com mais da metade dos participantes da pesquisa esperando alta na atividade de negócios no próximo ano. Incentivos governamentais, investimentos industriais, publicidade e previsões de crescimento das vendas aumentaram as expectativas.

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