Depois de muita especulação finalmente foi confirmada a nova equipe econômica que será a responsável por colocar a economia brasileira novamente no rumo do crescimento e também para resgatar a confiança do mercado do governo que durante o primeiro mandato da Presidente Dilma Rousseff foi abalado por inúmeros erros de avaliação e interferência do governo em empresas e setores importantes.
Joaquim Levy assumirá o Ministério da Fazenda, já o novo ministro do Planejamento será Nelson Barbosa e o Banco Central continuará comandado por Alexandre Tombini.
A nomeação de Joaquim Levy já estava sinalizada desde o final da última semana, setores do PT teceram críticas a escolha da Presidente Dilma, já que Levy em diversos momentos criticou a política econômica do governo e também por sua ligação com Armínio Fraga, principal assessor econômico do ex-candidato à Presidência da República pelo PSDB Aécio Neves.
Primeiras palavras: esforço fiscal
As primeiras palavras do novo ministro da Fazenda foram sobre a necessidade de um ajuste fiscal e corte de gastos. Segundo o novo ministro, o esforço fiscal em 2015 será de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) e de 2% nos dois anos seguintes.
“Alcançar essas metas é fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira e para criar as bases para a retomada do crescimento econômico e a consolidação dos avanços sociais dos últimos anos“, afirmou.
A busca pela transparência também será um dos pontos cruciais para o novo ministro, que pregou a necessidade da sociedade ter acesso a dados e que possam avaliar os resultados das contas públicas:
“Esse compromisso é indispensável para a redução da incerteza em relação ao objetivo do resultado do setor público e é ingrediente importante para a tomada de risco pelas empresas, trabalhadores e famílias brasileiras.”
O tempo dirá
Só o tempo poderá mostrar se a equipe econômica terá a autonomia necessária para dar seguimento as demandas necessárias para que a economia brasileira possa resgatar a confiança dos investidores. O primeiro passo passa justamente pela melhora nas contas públicas e que o governo gaste menos e de forma mais eficiente.
A luta pelo controle da inflação também será fundamental para garantia de poder de compra da população, nesse ponto o controle de gastos do governo também é fundamental e a nova equipe econômica dá indicações de que compartilha dessa necessidade.
As primeiras impressões da maioria do mercado foram positivas, mas avaliação de todos é da necessidade de muito trabalho e jogo de cintura para que os próximos anos possam representar dias melhores para economia do país.
Um abraço e até a próxima.
Foto: “abstract skyline and Brazil flag illustration“. Shutterstock