As taxas dos principais contratos futuros de juros do Brasil tiveram alta nesta sexta-feira, com os mercados exibindo maior cautela antes das reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.
No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,97%, ante 9,902% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,89%, ante 9,787% do ajuste anterior.
Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,13%, ante 10,03%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,435%, de 10,323% no pregão anterior. O contrato para janeiro de 2029 marcava 10,63%, ante 10,517%.
“Finalizamos a semana ainda com cautela em relação a qual será a posição do Fed para a política monetária, que nas últimas semanas é o que tem feito mais preço”, disse Matheus Massote, analista da One Investimentos.
Na semana que vem, na quarta-feira, o Federal Reserve encerrará sua reunião de política monetária, e a expectativa predominante segue sendo de que o Fed manterá sua taxa básica inalterada até um primeiro corte em junho, embora dados da véspera tenham levado alguns operadores a adiar as apostas para o início do afrouxamento monetário.
Enquanto isso, o Banco Central deve cortar a Selic novamente em 0,50 ponto percentual, a 10,75%, quando encerrar sua reunião de política monetária na semana que vem, também na quarta-feira.
“Mesmo que não ocorra nenhuma mudança (nas reuniões de política monetária do Fed e do Banco Central do Brasil da semana que vem), é comum nesses momentos os dirigentes virem a mercado dar alguma expectativa de como devem conduzir no curto e no médio prazo as taxas de juros”, completou Massote.
No Brasil, economistas estão especialmente atentos a possíveis mudanças na orientação do BC sobre seus próximos passos, tendo sido debatida nos mercados recentemente a possibilidade de ser abandonado o plural na referência a cortes de 0,50 ponto percentual nas “próximas reuniões” do Copom.