O governo anunciará medidas econômicas na próxima segunda-feira, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citando ações na área de crédito que poderiam aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil.
A equipe econômica já havia informado anteriormente que o governo preparava uma medida provisória com linhas de crédito para pessoas de baixa renda e microempreendedores, além de um sistema de securitização de financiamentos imobiliários e um mecanismo de proteção cambial para investimentos.
O anúncio das medidas chegou a ser previsto para a última segunda-feira, mas foi adiado, sem data definida.
Receitas
Falando a jornalistas em Washington durante um encontro do G20, nos Estados Unidos, Haddad afirmou ainda que o desempenho das receitas dependerá de decisões tomadas pelo governo, Congresso e Judiciário até o meio do ano em relação a medidas em tramitação no Legislativo.
Segundo o FMI, o Brasil deve registrar déficit primário maior que o esperado este ano e ter aumento da dívida pública bruta na comparação com o ano passado, mostraram projeções divulgadas nesta quarta-feira.
Segundo o organismo, em seu relatório Monitor Fiscal, a dívida pública bruta do país deve avançar para 86,7% em 2024, de 84,7% do PIB em 2023. Nos anos seguintes, o FMI vê a dívida brasileira alcançando 89,3% do PIB em 2025, e 90,9% em 2026.
O déficit primário, por sua vez, deve chegar a 0,6% do PIB este ano — previsão acima do esperado pelo fundo em outubro passado, de déficit primário de 0,2% –, recuar a 0,3% em 2025 e somente em 2026 atingir o marco zero.
Haddad afirmou que o governo teve notícias “alentadoras” em relação à MP que limita compensações tributárias de empresas e o projeto que reduz incentivo fiscal ao setor de eventos.