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6 dicas para evitar dívidas e inadimplência entre idosos

by Isabella Abreu
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Segundo levantamento da Serasa Experian, o Brasil tem 6,99 milhões de inadimplentes com 61 anos ou mais, impedidos de obter crédito. São consumidores que não conseguiram pagar dívidas bancárias (financiamento de carros, imóveis e outros) ou contas de luz, água, telefonia e do varejo (lojas e redes).

O número de devedores idosos representa 12,4% do total de inadimplentes inscritos no cadastro da Serasa, 56,4 milhões. É quase um terço da população com 61 anos ou mais (23,7 milhões).

Segundo Fernando Rosolem, gerente da Serasa, o grande número de idosos inadimplentes está relacionado com o crédito consignado. Como esse tipo de financiamento é mais acessível aos aposentados, em momentos de inflação alta e desemprego crescente, muitos deles são levados a solicitar esse tipo de crédito para colocar em dia as contas da casa.

“O idoso faz o empréstimo para ajudar a família, mas não consegue honrar com os pagamentos das parcelas. Isso ocorre porque essa faixa etária é uma das que mais sofre com a alta de preços de remédios, plano de saúde e alimentos”, diz Fernando.

De acordo com o especialista em finanças pessoais Altemir Farinhas, ao contrário do que muitos pensam, as despesas não diminuem nessa fase da vida, elas apenas mudam. “Antes os gastos eram com os filhos, agora pode ser com os netos, antes gastava mais com alimentação, agora gasta mais com remédios”, diz.

O especialista também ressalta que a prática de emprestar o nome para terceiros realizarem compras a prazo deve ser evitado. “Idoso não é Banco ou Financeira, por isso não deve emprestar o nome, cheque, cartão ou dinheiro. Cuide bem do que é seu. Assim, estará ensinando filhos e netos a fazerem o mesmo”, recomenda.

A seguir, confira algumas dicas para organizar seus gastos nessa fase da vida:

1. Faça um planejamento financeiro

Anote todas as receitas e despesas, fixas e variáveis, em um caderno ou em uma planilha no computador. Além disso, agrupe suas despesas em categorias de gastos como alimentação, remédios, lazer, etc. Dessa forma é possível acompanhar seus gastos, avaliar prioridades e possíveis reduções no mês a mês.

2. Não dependa apenas do INSS

Com a tendência de aumento da expectativa de vida do brasileiro e a instabilidade em relação ao cenário econômico do país, ficou mais arriscado contar apenas com a previdência social. Além disso, pague o INSS mesmo quando estiver sem trabalho, já que um tempo sem pagar pode retardar a conquista da aposentadoria formal.

3. Nunca é tarde para começar

 O ideal é começar o planejamento para aposentadoria o quanto antes, utilizando o tempo ao seu favor. Mas, para quem já está endividado, a dica é evitar novas dívidas e empréstimos.

Além disso, procure renegociar com cada credor uma forma de pagamento que caiba no orçamento. Lembre-se: sempre é tempo de aprender e utilizar a educação financeira para ter uma vida mais tranquila.

4. Busque algo motivador para seguir trabalhando

 Se você precisa adiar a aposentadoria ou deseja fazer uma renda extra, resgate um sonho profissional que ficou para trás: inicie uma segunda carreira ou empreenda em alguma área que dê prazer.

5. Não compre por impulso

Reflita sobre o equilíbrio entre felicidade e consumo e a diferença entre necessidade e desejo. Antes de efetuar alguma compra a recomendação é fazer três perguntas para si mesmo: Eu quero? Eu preciso? Eu posso?

6. Prepare-se para gastos extras

É muito importante que se mantenha uma reserva separada para eventualidades que não estejam previstas no orçamento mensal. Uma viagem de última hora, a troca de um carro, a reforma da casa e por aí vai.

Foto “Senior woman and piggy bank”, Shutterstock.

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