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Polícia Federal prende ex-ministro Paulo Bernardo

by Redação Dinheirama
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O ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações no governo Lula), marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT), foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (23), em Brasília, na Operação Custo Brasil. Essa operação é o primeiro desdobramento da Lava Jato em São Paulo. A ação decorre do fatiamento de uma investigação que estava no Supremo Tribunal Federal.

O ex-ministro Carlos Gabas, foi alvo de condução coercitiva. A PF também levou para depor o jornalista Leonardo Attuch. O advogado Daisson Portanova, ligado à Paulo Bernardo, foi preso preventivamente.

Essa é uma ação conjunta da PF com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, para apurar o pagamento de propina proveniente de contratos de prestação de serviços de informática na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, para pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG.

Militantes do partido fazem um protesto em frente da sede do PT e acusam a PF de perseguir a sigla. Foi estendida uma faixa com a imagem do Eduardo Cunha com os dizeres “tchau ladrão” e a pergunta “e o Temer”?

Advogados já foram acionados pelo partido para tentar acompanhar a operação. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, estava em Brasília e volta hoje para São Paulo.

Contra déficit na Previdência governo quer taxar agricultura

O governo Temer, estuda incluir na sua proposta de reforma da Previdência Social, elevar a taxação sobre o setor do agronegócio para reduzir o déficit do sistema de aposentadorias no país.

A medida é defendida pela área econômica do governo e pelas centrais sindicais. A ideia é acabar com a isenção do agronegócio no pagamento de contribuição previdenciária sobre sua receita obtida com exportação.

Simulações feitas por técnicos estimam que, a medida poderia gerar uma receita extra de R$ 6,5 bilhões por ano para o caixa da Previdência.

A proposta é criticada pelo Ministério da Agricultura e pelo setor ruralista, sob o argumento que prejudicaria as exportações do país.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, ainda não há uma decisão final do governo sobre a proposta, que pode ser definida apenas no próximo mês.

Temer busca agenda positiva para governo

Em busca de melhorar o ambiente econômico antes do julgamento final do impeachment, o presidente interino, Michel Temer, encomendou à equipe medidas econômicas que lancem uma agenda positiva em 15 dias.

Entre elas devem estar, a diminuição das restrições para que estrangeiros comprem terras no Brasil, a profissionalização das agências reguladoras e a renovação de concessões com compromisso de novos investimentos.

A encomenda foi feita na primeira reunião do que o presidente interino está chamando de seu “comitê econômico” – que reúne os ministros da Fazenda, do Planejamento, Relações Exteriores, Agricultura, Comunicações, Transportes e Minas e Energia.

Temer avalia que precisa melhorar a confiança na economia para consolidar sua posição no governo e evitar surpresas no julgamento do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Segundo assessores, uma garantia de retomada evitará que senadores que atualmente se declaram indecisos acabem votando contra o afastamento definitivo de Dilma.

Mercado financeiro

O dia começou agitado com a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT), em mais um desdobramento da operação Lava Jato.

No exterior, aumentou a expectativa da permanência do Reino Unido na União Europeia, após as pesquisas finais que antecederam o referendo que está sendo realizado no dia de hoje.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, operava as 11h10 em alta de +0,98% com 50.647 pontos, já a moeda americana estava em baixa de -0,36%, negociada a R$ 3,36.

 

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