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A crise acabou? O que fazer?

by Conrado Navarro
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Ibovespa - Sobe e desce!Roberta comenta: “Navarro, agora vemos que as notícias sobre a crise dos EUA vêm sumindo do notíciário e dos jornais. Isso é bom ou ruim? O que devemos fazer? Não sei bem se há um passo a seguir, mas gostaria de saber sua opinião sobre o atual momento e deixar algumas questões: quem ainda não saiu da Bolsa, deve sair? Ou será que vale a pena comprar mais ações? E o dólar? Supondo que irei viajar em pouco tempo, devo comprar dólares”?

Roberta, você tem razão. A crise, seus profetas e seguidores deram uma trégua. Mas lembre-se que uma crise financeira não termina assim, do dia para a noite. Ela arrefeceu e tem seus reflexos menos perigosos, mas a onda de choque ainda assola os EUA e o mundo. É como se o foco maior do incêndio já estivesse controlado, embora algumas chamas ainda fossem encontradas. Pois é, o fogo não apagou. A volatilidade vai continuar, mas o pior já passou. Suas perguntas são ótimas e são também as dúvidas de muitos outros leitores.

O que fazer?
O mais importante é não se deixar levar pelo desespero. Confira minha opinião nas suas próximas perguntas e poderá perceber que o melhor ainda é raciocinar com base em fatos e não só com a emoção ou frustração, sentimentos intimamentes ligados à sua reação ao ver números negativos durante algum tempo.

Sair ou não da Bolsa?
Respondo a pergunta com outra pergunta. Quando você vai precisar do dinheiro que está aplicado em ações ou fundo de ações? Qual a sua expectativa para resgate deste dinheiro? A Bolsa continua sendo um excelente negócio e minha recomendação é simples: se você vai precisar do dinheiro, atualmente aplicado na Bovespa, dentro de 6 a 12 meses, considere a possibilidade de realizar resgates a partir de agora. Venda parte de suas ações hoje, parte daqui a alguns meses e assim por diante, até ter a grana totalmente em mãos.

Essa estratégia de “resgate parcelado” é comum em cenários de recuperação e podem permitir que você ainda aproveite uma eventual alta das ações durante o período que vem pela frente. Aos que pretendem usar o dinheiro das ações em prazos maiores que 12 meses, visando médio ou longo prazo, fiquem calmos e mantenham suas posições. É o que estou fazendo com alguns papéis. O mais importante é aprender com a crise.

Será que devo comprar mais ações?
Sim e não. Sim, porque algumas ações estão “baratas” e podem oferecer melhor rentabilidade ao seu portfólio. Não, porque entrar agora não significa garantia de lucro nos próximos meses ou anos. Muito cuidado com a expectativa. Entre sabendo que é importante manter-se dentro de seus limites de risco, ou seja, sem comprometer fatias maiores de seu patrimônio esperando que o momento seja só de bonança. O sim ou o não virão de seu julgamento.

Para entender os movimentos das ações e criar corretamente sua estratégia, certifique-se de que você entende o que o mercado está fazendo. Contar com bons amigos nessa hora é fundamental. Certo Christian, Alessandro, Sea e Dr. Fox?

E o dólar?
A cotação do dólar não se mostra nem um pouco previsível. A volatilidade deve continuar nos próximos meses, sem consenso sobre o valor da moeda até o final do ano. Quem vai viajar pode começar a comprar dólar. Use a mesma estratégia das ações. Compre um pouco agora, um pouco no mês seguinte, um pouco daqui a dois meses etc. Com o cenário dando indicações de melhora, essa diversificação fará bem ao seu bolso. Caso algo dê errado, você também terá comprado dólar a preços atraentes.

Numa crise, o mais importante é estar prevenido e atento aos efeitos da economia global em seu dia-a-dia financeiro. Reflexos no consumo e no crescimento da economia nacional são problemas ainda esperados por diversos especialistas, embora ninguém (aqui me incluo) se arrisque a dizer em que escala. Permaneça fiel aos seus princípios e evite malabarismos financeiros ditados pela promessa de dinheiro fácil. Como diria um amigo americano: stay low, keep moving, never rest!

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