Pobreza não é sinônimo de tristeza! Faço questão de começar meu texto com essa afirmação taxativa. Você, caro leitor, certamente conhece muita gente com poucos recursos que vive feliz e com muita dignidade.
Acontece que em muitos casos, os erros são cometidos por pessoas que acham que estão fazendo as coisas certas. A intenção faz diferença, mas só ela não é suficiente para colocar as finanças em ordem.
O risco que se corre ao não dar atenção para outros aspectos – e seguir insistindo no “eu sei o que estou fazendo” – é comprometer as chances de crescer na vida. Aos poucos, a esperança vai se esvaindo e deixando cada vez mais espaço para a tristeza.
E a busca pela felicidade, inclusive financeira, é fundamental, afinal é isso que nos motiva e acalenta outros sonhos e objetivos.
No artigo “Entenda o que é felicidade financeira e por quê o dinheiro é tão importante”, o meu amigo Conrado Navarro gastou alguns parágrafos para definir a felicidade financeira. Veja se você concorda com ele:
“Você já me viu comentar diversas vezes que o dinheiro é um instrumento, e que dependendo de como ele é utilizado, ele será bom ou ruim.
Assim, quando uma pessoa deseja ficar rica, é importante que haja um propósito por trás disso, até porque há um preço a ser pago, e nem todos querem ou precisam pagá-lo.
Agora pergunto: o que realmente traz satisfação, equilíbrio e prazer em sua vida? Sua família? Seus amigos? Poderia também ser uma bela viagem, a sonhada casa própria ou uma propriedade nas montanhas (ou praia)?
Para os mais jovens, um carro bacana? Quem sabe a possibilidade de viver por um ano em outro país ou apenas um agradável passeio de bicicleta com as pessoas que você ama?
Refletindo com base nestes exemplos, vemos que parte dessas experiências podem ser trocadas por dinheiro, mas outra parte não. A parte que conseguimos ‘comprar’ define aquilo que chamamos de felicidade financeira”.
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Como anda a sua felicidade financeira?
Períodos muito longos de crise, como o atual, são tristes porque as pessoas deixam de sonhar e de comprar, acabando assim apenas “sobrevivendo” sem muitos planos para o futuro.
Quando deixamos de consumir, principalmente por conta da falta de recursos, fica claro que a felicidade financeira diminui ou até deixa de existir. Mas olhando mais profundamente nossas atitudes, será que cometemos erros consecutivos que nos levam a ficar cada vez mais pobres e infelizes?
Outro alerta importante: as pessoas possuem opiniões diferentes sobre pobreza e felicidade. Neste texto utilizarei minha forma de enxergar o tema.
3 erros que afastam você da felicidade financeira
Em 2017, completo 10 anos de estudos diários sobre educação financeira. Uma história rica do qual muito me orgulho, principalmente porque nessa década aprendi muito com a proximidade que mantenho com você, leitor.
Conhecendo histórias de pessoas que fizeram parte dessa trajetória, identifiquei três erros comuns, cometidos por muita gente, que acabam tornando essas pessoas mais pobres e infelizes.
A partir de agora tomo a liberdade de compartilhá-los com você:
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Erro 1: Falam de tudo, mas não abrem espaço para falar sobre dinheiro em casa
Quando olho para 2007 e procuro diferenças e semelhanças em relação a 2017, fica claro que falar sobre dinheiro continua sendo um grande tabu. A abertura para falar sobre esse tema nas famílias brasileiras continua sendo a mesma, ou seja, praticamente não existe.
Cada vez mais, por conta dessa falta de interesse sobre o tema, observo as pessoas tomando decisões egoístas em casa, criando realidades paralelas bastante perigosas no convívio familiar.
É muito comum recebermos contato de alguém que se preocupa com o tema e não sabe como abordá-lo em casa, justamente porque quando alguém decide tomar uma atitude, um grande problema costuma estar armado.
Falar sobre dinheiro apenas quando ele é um problema é um grave erro e faz com que sejamos muito infelizes.
Faça diferente: converse sempre sobre dinheiro com sua família. Comece aos poucos, explique alguns conceitos e demonstre é importante ter todos unidos em prol de algo tão relevante como as finanças.
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Erro 2: Utilizam o crédito como parte da renda
Se tem algo que é definitivamente um problema no Brasil é o crédito. O acesso ao crédito é terrível, os juros são nefastos (quem não se sente roubado, quando falamos de juros no Brasil?) e ainda assim muita gente utiliza o crédito como parte da renda.
Esse grave problema resulta basicamente da incapacidade de ajustar o padrão de vida. Sem isso, os gastos do mês acabam superando as receitas e as pessoas acabam utilizando linhas de crédito para poder manter as contas em dia.
Infelizmente, esse é um dos erros que mais prejudicam a vida financeira dos brasileiros. Os altos juros praticados no país produzem mais despesas a serem pagas e criam, a partir de então, uma “bola de neve” e também a dependência do crédito para tudo.
Não perca tempo e dinheiro e pare com a cultura do “Impossível ter isso se for sem carnê”. Ajuste sempre que necessário o orçamento de casa! A regra de ouro da educação financeira não pode nunca ser esquecida: jamais gaste mais do que ganha.
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Erro 3: Pensar apenas no agora e o futuro para o futuro
O brasileiro está vivendo cada vez mais. Por conta da longevidade, alterações devem acontecer em breve na previdência pública para equilibrar a conta, afinal um sistema onde as pessoas vivem mais, mas trabalham e contribuem o mesmo tempo de outras épocas não pode funcionar não é mesmo?
Infelizmente, o governo cometeu diversos erros, em diversas áreas e muita gente acaba “misturando as estações”, não aceitando a necessidade de mudanças na previdência. Os diversos casos de corrupção e desvio de dinheiro público são importantes, mas as reformas também o são.
Questões políticas e ideológicas à parte, o equilíbrio do sistema previdenciário parece quase que uma utopia. Por conta disso, está claro que o brasileiro precisa olhar para o longo prazo, para o futuro.
Recentemente, meus amigos Giovanni Coutinho e Conrado Navarro gravaram um vídeo que vai direto ao ponto: será que teremos dinheiro no futuro? Estamos nos preparando para viver mais? Assista:
Precisamos tratar do assunto com responsabilidade. Ter um planejamento de longo prazo e nos prepararmos para viver cada vez mais, de acordo com as necessidades dessa vida mais longeva.
Não pensar no futuro é um erro que custa (e custará) cada vez mais caro! Se você deseja uma vida rica e feliz, deve se preparar desde sempre, começando agora.
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Conclusão
Se errar é humano, persistir no erro é algo que precisa ser evitado a todo custo, principalmente quando o assunto é dinheiro.
Ao tomar decisões equivocadas, seja por desconhecimento ou por falta de planejamento, podemos comprometer anos da vida até encontrar uma solução.
Termino este texto com a esperança e a expectativa renovadas por contribuir com a disseminação da educação financeira como um estilo de vida, uma maneira de consumir de forma consciente e responsável em busca de uma vida cada vez mais rica e feliz. Até a próxima!