Na próxima terça-feira, dia 06 de junho, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começará o julgamento da chapa Dilma-Temer, que elegeu em 2014 a ex-presidente Dilma Rousseff para mais um mandato como Presidente da República.
Dilma, afastada da presidência em 2016, e o atual presidente Michel Temer são acusados de delitos no financiamento da campanha.
De acordo com as demonstrações até o momento, é esperado que o relator, o ministro Herman Benjamin, vote pela cassação da chapa. Há uma avalanche de evidências que apontam este caminho, sustentada em documentos e dezenas de testemunhos.
Entre as acusações, pesam contra a chapa Dilma-Temer indícios de:
- R$ 50 milhões recebidos em troca da edição de uma MP;
- R$ 35 milhões recebidos por caixa dois para a campanha;
- R$ 25 milhões negociados por caixa dois para o apoio de 4 partidos;
- R$ 17 milhões recebidos como doações identificadas irregularmente;
- R$ 10 milhões pagos por caixa dois para esposa do marqueteiro;
- R$ 53 milhões em despesas sem comprovação.
O Brasil precisa mudar seu rumo
O impeachment da presidente Dilma Rousseff dividiu o país, como alguns gostam de dizer, mas a crise econômica e as denúncias de corrupção que ainda hoje pesam contra seu partido levaram a maioria das pessoas a defenderem seu afastamento. Isso é inegável.
Hoje, o Brasil atravessa um período onde os números da economia parecem melhores, mas ao mesmo tempo a percepção das pessoas é de que a corrupção está cada dia mais presente na política e nas empresas.
A população passou a ter a percepção de que a presidência da República e os cargos políticos viraram um instrumento para proteção de todo um grupo de poder.
A Reforma mais importante para o Brasil
Boa parte dos políticos que ainda defendem a permanência do presidente Temer batem na tecla da continuidade das reformas, entre elas a da Previdência e a Trabalhista.
Não restam dúvidas de que o país precisa enfrentar as transformações que fazem parte de seu crescimento e também do envelhecimento da sua população.
O discurso da austeridade e do trabalho realizado pela equipe econômica, no entanto, não são suficientes para defender a continuidade do atual governo.
Existem vários pontos que precisam ser trabalhados no Brasil que nunca foram pautadas de fato pelo atual governo, e a maioria deles está longe das discussões do atual momento.
Precisamos diminuir o tamanho do Estado promovendo maior eficiência dos órgãos públicos de forma geral. Não é mais tolerável o contribuinte ter que trabalhar por 5 meses do ano para manter o governo.
Não podemos mais aceitar o fato de o país conviver com os desvios de conduta e de dinheiro por parte dos políticos e acreditar que não haverá desdobramentos nem punições severas e reais aos culpados.
Hora de seguirmos adiante
A principal reforma que o Brasil precisa nesse momento é moral e ética. Temos que ser capazes de olhar para frente com orgulho, certos de que nossos comandantes estarão sempre sujeitos às mesmas leis e punições que nós, cidadãos comuns.
Nós do Dinheirama percebemos, assim como qualquer cidadão mais ou menos bem informado, que o atual governo se mostrou incapaz de guiar o Brasil pelo caminho da ética, elemento fundamental para esse triste, mas importante momento.
O julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE é uma oportunidade para seguirmos com a mudança sempre ao lado da justiça, acreditando que ela existe e será feita de forma coerente e com base em evidências e provas (do contrário, nada mais faz sentido).
O Dinheirama quer ver o Brasil passado a limpo. Chega de tanta bagunça e irresponsabilidade sem consequências.