Talvez esteja faltando dinheiro para você fazer várias das coisas de que gostaria agora. E essa deve ser a constatação da maior parte dos brasileiros, afinal, nossa receita mensal parece estar minguando cada vez mais, enquanto o preço de tudo sobe, não é mesmo?
Para que a gente consiga lidar com essa realidade triste (para não dizer outra coisa), será preciso aprender a trabalhar cada vez melhor com as nossas finanças. Isso vale para mim, para você, para todos nós. E como fazer isso?
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Entre outros pontos, lidar melhor com as finanças significa entender bem as receitas e despesas, tentar conseguir mais receita, fazer o dinheiro render investindo, não adquirir dívidas, trocar dívidas se for o caso, fazer economia, e etc. Ufa, coisas demais?
Pense que, ainda que você esteja no início desta trajetória de educação financeira, sempre é tempo de iniciá-la para que o seu dinheiro não escorra pelo ralo, certo? Vamos lá, confira 10 dicas para aprender a lidar melhor com as finanças e sobreviver em um cenário econômico caótico:
1. Entenda e aumente as receitas
Primeiramente é preciso entender exatamente as suas receitas. De onde vem o dinheiro que você pode gastar e quando? Quanto está realmente disponível? Quanto está comprometido? Faça uma tabela caso ainda não tenha. E pense em alternativas para aumentar as suas receitas. Podem ser freelas em sua área de trabalho, algo que você saiba fazer bem e possa oferecer aos outros (como guloseimas, traduções, serviços diversos), e etc. Em épocas de aperto financeiro, é preciso aprender a ser flexível e não ter preconceito em oferecer trabalho.
2. Entenda melhor as suas despesas
Também é preciso entender para onde está indo o seu dinheiro. Novamente uma tabela de receitas e despesas é fundamental. Separe as despesas fixas das variáveis.
3. Substitua as despesas
Ao colocar as despesas no papel, você certamente verá que algumas podem ser substituídas sem grandes problemas. Eu, por exemplo, cortei pela metade o valor de minha conta de telefone celular, após constatar que dos 1.000 minutos disponíveis mensalmente, eu mal usava 300. Esse excesso, é claro, estava sendo cobrado na conta fixa.
4. Não jogue dinheiro fora
Ao entender as despesas, especialmente as variáveis, confira se não vem gastando demais com supérfluos e itens muito caros que não deveriam ser prioridade agora. Se está faltando dinheiro, a última coisa que você deve fazer é jogá-lo fora adquirindo o que não precisa.
5. Troque as suas dívidas
Dívidas são um problema para quem está com o dinheiro curto. O ideal aqui, caso não dê para saná-las, é comparar algumas alternativas disponíveis no mercado. Talvez uma dívida no cartão de crédito a juros altíssimos possa ser substituída por um empréstimo pessoal.
Também vale estudar alternativas como vender o carro para conseguir dinheiro à vista e pagar as dívidas a juros altos e depois comprar outro (se necessário) com um parcelamento a juros muito menores. É claro que é preciso avaliar todas as despesas extras envolvidas neste tipo de transação para ver se vale a pena. O importante é não ter preguiça de fazer comparações.
6. Multiplique o dinheiro
Se houver dinheiro sobrando, não o deixe parado. Vale a pena estudar algumas alternativas para fazê-lo crescer investindo-o. Converse com especialistas e procure informar-se a respeito, acompanhando canais de educação financeira, como o Dinheirama.
7. Crie uma reserva de emergência
Ter uma reserva de emergência é fundamental em tempos de dinheiro curto. Você pode pensar: mas como vou fazer isso se o dinheiro mal dá até o fim do mês? Primeiramente, comece com pouco. Assim que o dinheiro entrar, já separe um pouquinho para a reserva.
Se não fazemos isso, tendemos a gastar o que está na conta até mesmo de forma inútil, afinal “sobrou”, não é mesmo? E ter uma reserva, ainda que pequena, de emergência, pode fazer a diferença caso as contas não fechem em algum momento.
8. Eduque-se
“Quanto mais sabemos, menos sofremos”. Essa frase me foi dita em um contexto que não tinha nada a ver com educação financeira, mas me aproprio dela agora, pois entendo que quanto mais estivermos abertos a um aprendizado de qualidade com relação a dinheiro, menos bobagens cometeremos e mais segurança conquistaremos, mesmo em períodos complicados como o atual.
Infelizmente, educação financeira não é algo que se aprende na escola (salvo exceções) mas é uma das coisas que mais faz diferença na vida prática!
9. Diferencie despesa e investimento
Alguns gastos não devem ser considerados despesas caso estejam direcionados a algum propósito maior adiante. É o caso de alguém que está fazendo um curso que lhe propiciará um salário maior quando terminado por exemplo. Aprenda a diferenciar na hora de fazer cortes no orçamento ou apertar os cintos para continuar pagando algo que trará um benefício futuro.
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10. Siga e ofereça bons exemplos
Finalmente, acredito que exemplos são tudo. Para aprender com qualidade, procure seguir exemplos de qualidade. Confira o histórico daqueles que você segue e verifique se não há determinadas tendências que tornam os conselhos enviezados ou algo do tipo (um gerente de banco nem sempre pode oferecer a melhor opção para um cliente se estiver precisando bater as metas do mês, entende?).
Aproveite para transmitir bons exemplos também! Especialmente se tiver filhos, todo o aprendizado financeiro que conseguir adquirir será certamente bem aproveitado por eles. Ensine o valor do dinheiro na prática e no futuro só terá a agradecer por ter começado a fazer isso agora!
Muitas vezes servimos de exemplo para outras pessoas e sequer temos noção, por isso é importante fazer a nossa parte e ir plantando sementes positivas por aí. Boa sorte!