Este é o meu último artigo escrito em 2018, e o primeiro que publicarei em 2019.
Pensei, pensei o que poderia sintetizar esse sentimento de mudança e decidi escrevê-lo inspirada em um material produzido pelo LinkedIn, rede social focada no âmbito profissional.
Talvez você tenha visto, se chama “30 grandes ideias para 2019: os temas para ficar de olho no próximo ano”. Ele foi produzido tendo por base entrevistas realizadas pelos editores da rede com líderes empresariais, escritores, jornalistas e acadêmicos, que fizeram suas análises e deram seus palpites sobre temas que devem ser tratados com muita atenção a partir de agora.
Separei dois destes temas, que acredito que tenham muito a ver com o que tentamos reforçar aqui no Dinheirama.
1) “Aprender já não basta; os profissionais vão se concentrar em ações”.
2) “O que importa no trabalho é a sua humanidade”.
Acredito que são semelhantes e complementares, e é muito importante que iniciemos um ano novo tendo em mente que estamos vivenciando um período onde os conceitos mudaram, onde os propósitos valem muito, e onde é preciso fazer a nossa parte, o que quer dizer que não devemos apenas ser credores dos outros, mas doadores, tornando o nosso mundo melhor.
Resumindo: as nossas atitudes individuais vão importar cada vez mais! As atitudes e propósitos das empresas vão importar cada vez mais. E é preciso que tenhamos ciência disso e que possamos ensinar isso aos outros também.
O que significa dizer que aprender já não basta?
Vamos à primeira grande questão: o que significa dizer que aprender já não basta e é preciso se concentrar em ações? No material do LinkedIn, é lembrado que, após a explosão do aprendizado online, estamos mentalmente exaustos de todos os cursos que fizemos.
Eu reforço que de uma hora para a outra parece que tivemos que aprender tudo aquilo que não havíamos aprendido em anos. Mais que isso: o aprendizado é algo contínuo e o que aprendemos hoje já não serve para amanhã e precisa ser atualizado. Ou seja, no campo profissional estamos realmente exaustos. E o que estamos fazendo com todo esse conhecimento além de colocá-lo em prática tecnicamente nas vagas que ocupamos ou trabalhos que fazemos?
Para a pensadora de gestão Whitney Johnson, a tendência será focar não apenas no conhecimento, mas na melhoria do nosso comportamento, a fim de aplicar estas lições ao nosso trabalho e à vida pessoal. Ela acredita que as pessoas queiram agir mais, assumir o controle, e ressalta: “A única coisa que você pode controlar é o que você mesmo faz”.
Eu acredito muito nesta frase dela, e acho que precisamos cada vez mais nos concentrar em nossas próprias ações e hábitos, e menos nos outros. Infelizmente, também vivemos uma era em que os outros estão cada vez mais presentes dentro do nosso universo em razão das redes sociais. Acordamos e dormimos vendo o que outras pessoas estão fazendo e inevitavelmente gastamos um tempo enorme em comparações no lugar de focar em nós mesmos. Para sair desta “bolha”, tente concentrar-se mais em suas ações e comportamento e menos no que os outros estão ou deveriam estar fazendo, combinado?
O quão humano você tem sido?
A segunda questão que escolhi para refletirmos é sobre a nossa humanidade. Cada vez mais a tecnologia toma a frente das coisas, chatbots nos atendem, robôs ajudam nos investimentos, e etc. A tendência é esta, então precisamos pensar em nosso papel dentro deste panorama.
Você sabia que os dados do LinkedIn mostram que as maiores lacunas de habilidades, ou seja, o que empregadores procuram e trabalhadores possuem, estão relacionadas a habilidades sociais?
Ou seja, são pontos como comunicação oral, gestão de pessoas, gestão do tempo e liderança. Para Susan Cain, autora de “O Poder dos Quietos” (ótimo livro, aliás), isso significa cuidar de seus funcionários como pessoas inteiras, não apenas como executores de tarefas.
“Eu vejo cada vez mais os empregadores tendo como objetivo facilitar a vida de um funcionário em todos os seus aspectos”, diz Cain. “Não me refiro a algo do tipo Big Brother, mas um recurso para melhorar a vida de um funcionário como um todo, e não apenas a parte responsável por ganhar o salário.”
Ou seja, é preciso ser mais humano, colocar-se no lugar do outro, ajudar o outro a resolver questões que nem sempre têm a ver com o trabalho ou ganho financeiro, percebe? Até porque, no final das contas, pessoas mais felizes também trabalham melhor.
E eu aproveito para dizer que isso deve ser colocado em prática não apenas no ambiente profissional, mas na vida.
Sejamos menos mecânicos e automatizados e verdadeiramente mais humanos, começando já neste ano que começa! Pronto para dar a largada?