Conselhos financeiros: você já considerou que nem todos são bons? Recentemente acompanhei um conhecido ao banco para entender melhor a sua situação financeira e orientá-lo minimamente em relação a alguns pontos. O que aconteceu foi algo que me deixou bastante preocupada.
Além de usar cheque especial todos os meses para cobrir as despesas, a pessoa ainda havia recebido como sugestão de seu ex-gerente adquirir títulos de capitalização e um consórcio de uma viagem. Ambos eram pagos mensalmente com o dinheiro que saía da mesma conta que estava sob cheque especial.
Este mesmo gerente, em outra época, também havia vendido a ele um seguro residencial muito mais caro que a média porque o tal seguro vinha com alguns benefícios extras. Os benefícios, vale dizer, não fariam diferença na vida desta pessoa. Você percebe quão perigosa é a situação? E o quanto muitas mais pessoas devem estar vivendo exemplos parecidos?
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Conselhos financeiros nem sempre são bons
Me lembro que quando eu tinha uma agência de conteúdo – e uma conta jurídica que movimentava bastante até – sempre era abordada pelas gerentes do banco para adquirir seguros e outros produtos. Muitas vezes eram bem sinceras e diziam que precisavam bater as metas, e perguntavam se eu não poderia ajudá-las.
Mas calma, não estou generalizando. Desta vez última vez mesmo, em que acompanhei a pessoa, a gerente que nos atendeu também considerou absurda a situação e disse – baixinho – que ele não deveria mais aceitar este tipo de proposta. Depois olhou para mim e disse: “Dá até dó né? Eu também trabalho aqui, mas acho que é preciso ter ética.” Ganhou muitos pontos.
A questão é: nem sempre seremos atendidos por profissionais éticos. Muitas vezes quem nos oferece as alternativas – e isso não vale só para bancos, mas para vendas em geral – são profissionais que precisam bater metas e que não se preocupam em avaliar a situação financeira das pessoas antes de vender.
Por esta razão, cabe ao lado “comprador” ter maior entendimento sobre as situações e, caso tenha dúvidas, ser forte o suficiente para dizer que irá pensar ou pesquisar minimamente antes de adquirir algo. Comprar a oferta que em geral é vendida como uma oportunidade incrível pode gerar uma confusão financeira sem tamanho. E infelizmente a maior parte das pessoas não tem sequer ideia de que está caindo em uma cilada.
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Ganhar por todos os lados para bater metas
No caso que relatei, o gerente ganhava por todos os lados: empréstimo, títulos de capitalização, consórcio e ainda seguros. A pessoa, vale dizer, é aposentada, e já tem as despesas mais altas que as receitas. Ou seja, sem essa quantidade toda de “produtos incríveis” já deveria adequar melhor o orçamento. E bastaria uma olhada na conta para entender a situação, assim como eu entendi e a nova gerente também.
Resolvi escrever este artigo, que pode parecer meio áspero, mas ressalto que não quero generalizar pois há certamente profissionais bastante éticos no mercado. A questão é saber como agir caso uma situação assim passe pelo seu caminho. Aproveite e tente repassar estas questões a quem você conhece e possa ser “vítima” de casos parecidos.
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Algumas dicas para agir bem diante de conselhos financeiros:
- Se alguém que precisa bater metas ou ganhar comissão lhe oferecer coisas dizendo que são as melhores coisas do mundo, não acredite e pense duas vezes. Vale para produtos bancários e até para aquela peça de roupa que a vendedora tenta empurrar. Pode acontecer com itens mais caros, como um carro ou um apartamento na planta. Eu já contei que anos atrás eu acabei comprando um carro quase que “empurrada”. Diga que vai pensar.
- Pesquise com cuidado as alternativas. Compare e, se necessário, converse com especialistas para entender melhor. No Dinheirama estamos aqui para ajudar também!
- Não acredite que se trata da última oportunidade, da última peça nem nada do tipo. Oportunidades neste sentido acontecem o tempo todo.
- Procure estudar um pouco melhor as suas opções de investimento antes de ir ao banco. Faça sua lição de casa no lugar de receber uma lição com respostas prontas e que, talvez, não estejam tão certas assim!