O assunto que trago para vocês não é muito agradável, mas de extrema importância para a tão necessária e valorizada qualidade de vida. Diariamente, muitos trabalhadores passam por imensos constrangimentos dentro de seu universo de trabalho e nem sempre se dão conta sobre a gravidade desses fatos. Um risinho hoje, uma exclusão amanhã, aquele apelido desconfortável… Atitudes assim podem ser indícios do chamado Bullying Corporativo.
Esse tema, amplamente discutido na mídia nos últimos meses por conta dos absurdos ocorridos nas escolas, também está presente no universo corporativo, causando sérios prejuízos para suas vítimas. Bullying é uma palavra de origem inglesa que se refere a agressões verbais, psicológicas ou mesmo físicas “disfarçadas” de brincadeiras. Ocorre quando um grupo ou um indivíduo supostamente mais forte exerce poder sobre um indivíduo mais fraco.
São vários os indícios de Bullying Corporativo:
- Chantagem;
- Comentários maldosos sobre a aparência, orientação sexual, local onde mora e roupas usadas;
- Pressão durante a execução de atividades;
- Depreciação da qualidade do serviço realizado;
- Insinuações de incompetência;
- Uso abusivo de poder hierárquico.
Essas agressões podem ser identificadas entre colegas de trabalho e mesmo entre gestores e seus colaboradores. Algumas razões que levam os agressores a praticarem essa violência são a sua baixa autoestima e a necessidade de demonstrar poder perante aos amigos. Enfim, trata-se de uma manifestação de poder e força onde um indivíduo acaba escolhendo outro para “servir de modelo” aos demais.
As conseqüências para a vítima são inúmeras, chegando a depressões graves e até mesmo síndrome do pânico. A solução para acabar com esse tipo de violência pode ser a intervenção do setor de Gestão de Pessoas. Mas para que isso ocorra é preciso que a vítima não se cale e relate o problema em busca de ajuda e orientação, mesmo que o Bullying venha de seu superior hierárquico. Difícil decisão, eu sei.
Para a psicóloga Clarice Barbosa, “a melhor forma de acabar com as ações do Bullying é não se intimidar ou ter medo. É preciso que a vítima tenha provas, como gravações, para poder provar dentro da empresa o que está ocorrendo. Quanto mais provas ela tiver, mais ela vai poder expor essa pessoa. Mas se fica fragilizada, a outra pessoa ganha poder, além disso, é possível consultar um advogado para saber como se proteger”. É preciso atenção para identificar o problema nas empresas.
Não sou especialista em Bullying, por isso falei brevemente sobre o assunto, mas acredito que disse o necessário para alertar você sobre a sua existência dentro das empresas e a importância de acabar com essas práticas que comprometem a vida e a dignidade de muitos trabalhadores.
Você já passou ou conhece alguém que foi vítima de Bullying Corporativo? O que pensa sobre esse assunto? Compartilhe conosco sua experiência e opinião.
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