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PGBL ou VGBL? Conheça os dois modelos de previdência privada e saiba qual escolher

by Leonardo Moric
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As duas modalidades de previdência privada podem ser vantajosas para o investidor, mas isso vai depender dos objetivos e perfil de investidor de cada um. 

Investimentos de longo prazo como a previdência privada podem ser uma ótima estratégia para garantir um futuro mais tranquilo e até mesmo a aposentadoria. Mas, você sabia que existem dois tipos de previdência?

São o PGBL, que significa Plano Gerador de Benefício Livre, e o VGBL, que significa Vida Gerador de Benefício Livre. Mas, qual é a diferença entre eles e qual das duas opções é a melhor para a sua estratégia?

A resposta a essa pergunta está relacionada à forma como cada modalidade funciona. E é exatamente isso que vamos te explicar neste artigo. Confira!

Como funcionam os planos de previdência privada?

A previdência privada é um investimento dividido em duas etapas: a de acumulação e a de renda. No primeiro momento, o investidor constrói seu patrimônio pagando os valores determinados no contrato. Esse dinheiro é investido em fundos previdenciários.

Assim, o patrimônio do investidor é construído tanto pelos aportes realizados regularmente quanto pelo acúmulo de juros compostos. Assim, quanto mais investimentos a pessoa fizer, mais conseguirá aumentar seu patrimônio.

No segundo momento, o investidor pode aproveitar seus recursos por meio de um único resgate ou do resgate parcelado. Se o investidor optar pela segunda forma, os pagamentos podem acontecer por tempo limitado ou de forma vitalícia.

O que é PGBL?

Um dos modelos de previdência privada disponíveis no mercado é o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Por meio dele, o investidor tem um benefício fiscal que permite o abatimento dos aportes mensais da base do Imposto de Renda.

Para isso, é preciso respeitar o limite de 12% da renda bruta tributável. Porém, é preciso ficar atento, já que no momento do resgate, o imposto de renda incide tanto sobre os aportes quanto sobre os rendimentos.

Existem três condições para aproveitar a vantagem fiscal deste plano:

  1. Fazer a declaração completa do imposto de renda;
  2. Ser contribuinte do INSS;
  3. Investir até 12% da renda bruta anual em previdência.

Para fazer a declaração do modelo completo, o contribuinte deve ter deduções acima da média com educação, planos de saúde e PGBLs. Esta também é a opção mais vantajosa para quem possui rendas maiores.

Quando escolher o PGBL?

Esse plano é mais vantajoso para quem reinveste os valores que consegue economizar com os impostos todos os anos. Isso porque os investimentos com juros compostos crescerão anualmente até compensar o imposto maior que será cobrado no resgate.

O que é VGBL?

Já a previdência privada do tipo Vida Gerador Benefício Livre (VGBL) não permite o abatimento dos investimentos no imposto. Mas, o imposto só incide sobre os rendimentos acumulados e é cobrado no resgate do plano.

Esse plano foi criado para complementar o PGBL e atender a população que possui uma renda menor, bem como os trabalhadores informais. Ele é direcionado a quem não consegue aproveitar o benefício fiscal oferecido pelo PGBL.

Quando escolher um VGBL?

O VGBL é indicado para quem tem isenção de imposto de renda ou faz a declaração simplificada. Isso porque nesse tipo de declaração, é aplicado um desconto de 20% no imposto para que não haja outras deduções.

Além disso, o VGBL é recomendado para quem não contribui com o INSS ou para quem já tem o PGBL e quer realizar contribuições acima de 12% de sua renda bruta anual. Nesse caso, o excedente deve ser colocado em um VGBL.

Por que é importante escolher entre um dos dois?

Escolher o plano de previdência mais adequado para sua realidade é muito importante devido ao benefício fiscal. 

Isso porque, se o investidor optar por um PGBL mas não solicitar a dedução na declaração completa do imposto, terá um grande ônus no momento do resgate do plano. Nesse caso, o investidor deverá pagar um imposto muito maior do que pagaria na opção pelo VGBL. 

Além disso, depois de escolher seu plano, o investidor só poderá realizar a portabilidade para outra instituição financeira ou plano que esteja na mesma modalidade. Caso queira mudar a modalidade, teria que iniciar aportes em outro plano de previdência.

Vantagens do PGBL e do VGBL

PGBL

A principal vantagem do PGBL é a possibilidade de reduzir a base tributável do imposto de renda. Ou seja, o investidor poderá pagar menos imposto no decorrer dos anos, desde que respeite todas as regras (fazer a declaração completa e contribuir com o INSS).

Apesar de o imposto ser mais caro no momento do resgate, é possível economizar ao longo dos anos e usar esse valor para aumentar o valor dos aportes ou reinvestir. Assim, os juros compostos irão ajudar no crescimento do patrimônio e na geração de eficiência tributária.

VGBL

Por outro lado, a vantagem do VGBL está no fato de que a incidência de imposto no resgate ocorre apenas sobre o rendimento. Isso pode favorecer a obtenção de uma rentabilidade líquida maior no período, de acordo com as condições de investimento.

Vantagens de ambos

Em ambos os casos, a previdência privada pode favorecer o planejamento sucessório. Esse investimento não entra no inventário e permite que o investidor escolha os beneficiários que terão acesso rápido aos recursos, de acordo com as regras do contrato.

Além disso, ambas têm foco no longo prazo e por meio delas é possível construir a aposentadoria. A previdência pode ser usada tanto para complementar como para substituir a aposentadoria pública.

Assim, o investidor consegue manter seu padrão de vida e ter uma garantia contra alterações das regras da aposentadoria ou mesmo um colapso da Previdência Social. Com isso, terá mais segurança e tranquilidade financeira.

Principais diferenças entre as modalidades

A primeira diferença entre as duas modalidades é a forma como são classificadas. Enquanto o VGBL é visto como um seguro pessoal, o PGBL é visto como um plano de previdência complementar.

Mas, a principal diferença é a tributação. Em ambos os casos, o imposto é cobrado só no resgate. Mas, no primeiro, incidem apenas sobre a rentabilidade. Já no segundo, é possível abater as contribuições mensais no imposto de renda, e o imposto incide sobre todo o valor.

Conclusão

Investir em previdência privada é uma ótima estratégia para quem possui planos de médio e longo prazo. Essa também é uma ótima opção para quem quer substituir ou complementar a aposentadoria recebida por meio da previdência pública.

Porém, antes de escolher seu plano é preciso conhecer as diferenças entre as modalidades PGBL e VGBL. Ambas podem ser muito vantajosas se o investidor fizer a melhor escolha e souber usá-la da forma correta.

Se você está procurando um plano de previdência para aplicar seu dinheiro e ter o melhor retorno possível, conheça o Fundo ARCA de previdência privada

Investir em previdência privada está nos seus planos? Conte-nos sua experiência com o tema nos comentários!

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