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Previdência privada ou ações: qual o melhor investimento?

by Leonardo Moric
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Previdência privada e ações podem ser ótimas opções de investimento para planos de longo prazo. Descubra qual delas é melhor para sua realidade.

Se você procura um investimento que te ajude a realizar seus planos de longo prazo, como a aposentadoria, por exemplo, já deve ter se perguntado se é melhor investir em ações ou em previdência privada.

A verdade é que ambos os investimentos podem ser muito vantajosos, dependendo dos objetivos e do perfil do investidor. Ambos seguem a lógica de acumulação, mas são diferentes quanto aos riscos, tributação, taxas e prazo de investimento. 

Neste artigo, você entende um pouco mais sobre cada um dos investimentos, suas diferenças, como escolher entre eles e as vantagens de investir nos dois. Confira!

O que é previdência privada?

A previdência privada é uma espécie de fundo de investimento que serve como complemento à previdência social. Nela, o investidor faz uma única aplicação ou aplicações mensais e deixa seu dinheiro render por anos para resgatá-lo com juros.

Esse investimento é indicado para o longo prazo, pois quanto mais tempo de aplicação, mais rentabilidade. Além disso, existem dois tipos de planos de previdência: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

O primeiro é indicado para quem tem renda mais alta e faz a declaração de Imposto de Renda (IR) completa. É possível deduzir até 12% da renda bruta na declaração do IR e, no momento do resgate, o imposto incide sobre o valor depositado e sobre o rendimento.

Já o segundo é indicado para quem faz declaração de IR simplificada ou não entrega a declaração. Nesse plano, não é possível abater a aplicação do imposto, mas no momento do resgate, ele incide somente sobre os rendimentos.

O que são ações?

As ações são títulos que correspondem a pequenas parcelas do capital social de empresas de capital aberto. Nelas, o lucro do investidor está ligado ao desempenho da organização e à percepção de valor dos investidores em relação a ela.

Quanto mais os investidores têm interesse nas ações de uma empresa, mais ela é valorizada. Isso porque a Bolsa de Valores funciona por meio de um sistema de ofertas de compra e venda, semelhante a um leilão.

Diferenças entre a previdência privada e os fundos de ações

Tributação

Os fundos de ações são tributados com uma alíquota única de 15% sobre os valores dos rendimentos. Esse valor é independente do tempo que o dinheiro fica aplicado no fundo. Além disso, o IR é cobrado apenas no momento do resgate.

Já os planos de previdência permitem que o investidor escolha entre as tabelas progressiva e regressiva de IR. A tabela progressiva começa com uma alíquota de 35% para valores aplicados até 2 anos, e cai 5 pontos percentuais a cada 2 anos, terminando com alíquota de 10% para valores aplicados há mais de 10 anos.

Por outro lado, quem opta pela tabela progressiva deve pagar 15% de imposto de renda no momento do resgate. Porém, no ano seguinte, é preciso fazer um ajuste na declaração do IR, que pode chegar até a alíquota máxima, de 27,5% sobre o valor da previdência.

Taxas

Algumas taxas são comuns aos dois tipos de investimentos. São elas:

  • Taxa de administração: cobrada sobre o patrimônio aplicado e mantido pelo investidor. É divulgada como um percentual anual, mas a cobrança é feita diariamente;
  • Taxa de carregamento: cobrada pela instituição financeira para arcar com os custos de administração do investimento;
  • Taxa de performance: cobrada pelo administrador quando o rendimento da aplicação ultrapassa o referencial combinado previamente.

Existem opções, porém, que não cobram taxa de carregamento e de performance.

O investidor deve analisar cuidadosamente esses custos antes de fazer a aplicação. Isso porque eles podem ter impacto direto sobre a rentabilidade líquida da aplicação e reduzir o valor de resgate.

Liquidez

A maior parte dos fundos de ações costuma ter liquidez de zero a 30 dias. Para entender melhor os prazos, saiba que os “D+” representam o tempo que o investidor demora para receber o valor.

As possibilidades de liquidez mais comuns em fundos de ações são:

  • D+0: liquidez diária. O investidor consegue resgatar seu dinheiro no mesmo dia;
  • D+1: O investidor consegue resgatar seu dinheiro no dia útil seguinte;
  • D+30: O investidor consegue resgatar seu dinheiro após 30 dias úteis.

Já a previdência privada é um investimento de longo prazo. Por isso, as taxas de resgate antecipado costumam ser mais altas, especialmente quando se trata de aplicações que seguem a tabela regressiva de IR.

Entenda como funciona o resgate da previdência privada.

Critérios para escolher entre previdência privada e fundos de ações

Para escolher entre previdência privada e ações, o investidor precisa analisar muito bem os prazos e o objetivo de seu investimento.

O investidor precisa definir se seus objetivos permitem que seu dinheiro fique aplicado por bastante ou pouco tempo. A previdência privada é mais indicada para investimentos de longo prazo. Já os fundos de ações podem atender a diferentes prazos, dependendo da estratégia utilizada.

Assim, se você tiver planos superiores a dez anos, a previdência privada pode ser mais vantajosa para quem optar pela tabela regressiva do IR. Já em prazos inferiores a dez anos, a tributação dos fundos de ações é mais vantajosa do que nos planos de previdência privada.

Porém, boa parte dos fundos de ações recomendam o investimento de longo e longuíssimo prazo. Dessa forma, dez anos podem não ser suficientes para que a rentabilidade realmente comece a compensar.

Apesar disso, também há a opção de fazer investimento de longo prazo em fundos de ações. Mas, as vantagens tributárias não são tão satisfatórias quanto as oferecidas nos planos de previdência.

Os impactos do tempo de aplicação na previdência privada

Quando o dinheiro fica aplicado por mais de dez anos na previdência privada, o investidor consegue vantagens tributárias. Se ele optar pela tabela regressiva de imposto de renda, consegue pagar apenas 10% de imposto sobre seu investimento.

Além disso, no plano PGBL, o investidor consegue abater até 12% de sua renda anual do IR. Já no VGBL, apenas os rendimentos são tributados, e em ambos o IR incide somente no momento do resgate.

Os planos de previdência também são isentos de come-cotas, que interferem em outros investimentos. Além disso, eles são personalizados ao investidor, que pode escolher modalidade, tributação e até a estratégia de investimento.

Por outro lado, o investidor que opta pelos fundos de ação precisa se dedicar a acompanhar o mercado financeiro e ter boa tolerância ao risco. Também é preciso estudar bem o fundo no qual irá investir e quais as estratégias utilizadas pela equipe de gestão.

Vantagens de diversificar a carteira com previdência privada e fundos de ações

A previdência privada e as ações são modalidades de investimento muito diferentes. Por isso, elas não são excludentes, e podem compor juntas uma carteira de investimentos diversificada.

Para isso, considere as características de cada investimento: a previdência é indicada para quem quer fazer um investimento seguro e de longo prazo. Já os fundos de ações apresentam alta liquidez, podendo ser até diária.

Investir nesses dois tipos de aplicação é uma forma de complementar seus investimentos e contemplar necessidades que podem surgir no médio ou curto prazo. Além disso, essa é uma ótima forma de ter uma aposentadoria mais robusta.

Além disso, o investidor tem a opção de investir em um fundo de previdência que aplica em ações. Esse tipo de fundo normalmente é voltado à renda variável e pode investir até 70% do patrimônio em ações. Dessa forma, o investidor pode unir as duas vantagens em um único investimento.

Conclusão

Previdência privada e ações são opções de investimento que podem trazer grande rentabilidade para o investidor no longo prazo. Porém, como foi criada para complementar a aposentadoria, a previdência possui algumas vantagens tributárias para quem aplica no longo prazo.

Se você quer começar a investir em previdência privada e aproveitar todas as vantagens desse tipo de aplicação, conheça o Fundo ARCA Grão. É possível começar a aplicar nele com apenas R$ 100 por mês e pagar apenas uma taxa de administração de 0,59%.

Para compor sua carteira, você prefere investir em previdência privada ou ações? Conte-nos nos comentários!

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