A retração na atividade empresarial da zona do euro piorou mais do que se pensava inicialmente em julho, uma vez que a queda na indústria foi acompanhada por uma nova desaceleração do crescimento do setor de serviços, mostrou uma pesquisa nesta quinta-feira.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto final do HCOB, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, caiu para uma mínima de oito meses de 48,6 em julho, ante 49,9 em junho.
Isso ficou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo segundo mês consecutivo e aquém da preliminar de 48,9.
“Os PMIs finais da zona do euro confirmaram que as condições econômicas se deterioraram em julho, com o índice composto consistente com o PIB caindo ligeiramente”, disse Franziska Palmas, economista sênior da Capital Economics para a Europa.
O PMI de indústria divulgado na terça-feira mostrou que a atividade do setor na zona do euro contraiu em julho no ritmo mais rápido desde que o início da pandemia de Covid-19.
Já o PMI de serviços nesta quarta-feira mostrou crescimento lento ao cair de 52,0 para 50,9, ficando abaixo da leitura preliminar de 51,1.
Indicando que há pouca chance de melhora em breve, a demanda por serviços caiu pela primeira vez este ano, já que os consumidores endividados sentiram o aperto dos custos de empréstimo e preços mais altos.
Ainda assim, as autoridades do Banco Central Europeu provavelmente se animarão com os novos sinais de redução das pressões de preços. Tanto o índice composto de preços de insumos quanto de produtos vendidos caiu no mês passado.
O BCE elevou as taxas de juros pela nona vez consecutiva na semana passada, mas levantou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostram sinais de abrandamento e aumentam as preocupações com a recessão.