Donald Trump criticou neste domingo a juíza federal designada para o processo no qual ele é acusado de tentar reverter a eleição presidencial de 2020, enquanto seu advogado argumentou que as ações tomadas pelo ex-presidente norte-americano após a derrota foram apenas questionamentos.
Trump, em uma postagem de rede social disse: “NÃO HÁ COMO TER UM JULGAMENTO JUSTO COM A JUÍZA ‘DESIGNADA'”, acrescentando que planeja buscar a retirada da juíza distrital dos Estados Unidos Tanya Chutkan do caso, bem como uma mudança de foro para fora de Washington.
Nenhum pedido formal foi apresentado ao tribunal até o meio-dia deste domingo. O Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump, o favorito para a indicação republicana às eleições presidenciais de 2024, foi indiciado na semana passada pela terceira vez. Ele se declarou inocente das acusações federais de conspiração para fraude ao impedir o Congresso de certificar a vitória do democrata Joe Biden, privando os eleitores norte-americanos de seu direito a uma eleição justa.
O advogado de Trump, John Lauro, em uma rodada de entrevistas na televisão neste domingo, defendeu as ações do ex-presidente após sua derrota nas eleições de 2020 como questionamentos, não instruções.
“Cada uma das coisas que o presidente Trump está sendo acusado envolve vontade de questionar – questionar às legislaturas estaduais, questionar aos governadores dos Estados, questionar as autoridades eleitorais estaduais que façam a coisa certa. Na verdade, até mesmo questionar o vice-presidente Pence é algo protegido pela liberdade de expressão”, disse Lauro, à Fox News.
Em resposta, o ex-vice-presidente Mike Pence, que também busca a indicação presidencial republicana de 2024, disse à CNN neste domingo: “O presidente Trump estava errado na época e está errado agora. Eu não tinha direito algum de anular o resultado da eleição.”