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A Importância da Educação Financeira para o recém-formado – Parte 2

por Luciana Diniz
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A Importância da Educação Financeira para o recém-formado - Parte 2No texto anterior, abordei de maneira generalizada os conceitos de educação financeira e de como obtê-la ainda no período estudantil. Hoje, darei foco a outras questões como alavancagem profissional e as consequências da falta de educação financeira. Como leiga no assunto, encontrei na explicação a seguir uma boa forma de compreender este conceito tão complexo.

A alavanca é um instrumento que potencializa uma força. Por exemplo, usa-se um macaco para levantar um carro. A força que é feita para usar o macaco é muito menor do que a utilizada diretamente no levantamento do carro. Mas, como o macaco é uma alavanca, o resultado é potencialmente maior. Ou seja, o carro, que é muito pesado, é levantado com menor esforço.

O princípio econômico da alavancagem é o mesmo: investe-se um valor pequeno diante do retorno, bem maior, que será obtido. Exemplo: um profissional de design de interiores, com uma pequena quantia, poderá imprimir cerca de 1.000 cartões e fazer seu marketing a qualquer momento. Com seu primeiro projeto de design, certamente conseguirá pagar este gasto com os cartões e, se for um projeto bem sucedido, já terá um cliente para indicá-lo a outros. E ainda terá cartões restantes para distribuir.

A alavancagem profissional depende de você!
A alavancagem, no caso de um profissional recém-formado, representa a força que ele precisará para mostrar-se ao mercado. No exemplo acima, a alavancagem foi a impressão dos cartões de visitas para divulgação. Esta força motora inicial vem sob a forma de dinheiro investido, ou seja, uma dívida, um empréstimo que deverá ser realizado para que o passo inicial seja dado.

No Brasil, a família e o cônjuge costumam prover o dinheiro para essa alavancagem, mas atenção: a boa alavancagem considera que o valor investido deve ser recuperado por inteiro e ainda trazer lucros. Ficar dependente de terceiros sempre que precisar dar um passo maior ou errar nos cálculos gastando mais do que irá de fato recuperar são erros frequentes. O que ocorre, muitas vezes, é que, por falta de educação financeira, essa alavancagem acaba se tornando uma despesa fixa ao invés de uma ferramenta de aumento de receita.

O perigo do endividamento para quem está começando
Sabe-se que muitos recém-formados iniciam suas carreiras já endividados, na maioria das vezes por desconhecer técnicas de gestão de finanças pessoais – fruto da falta de educação financeira. Quem não consegue fazer uma boa gestão financeira pessoal, fatalmente terá dificuldades de gerir financeiramente o próprio negócio, mesmo que ele esteja dentro de casa. Os desdobramentos do endividamento são muitos. Veja alguns, a seguir:

  • Estar mal preparado para negociar com o cliente. Uma vez que a necessidade de ganhar dinheiro é urgente, o profissional poderá assinar contratos ruins, propondo-se fazer trabalhos mal remunerados, fechando contratos a “qualquer custo”;
  • Receber solicitações de cancelamentos de contratos por parte dos clientes. A urgência em ganhar dinheiro leva o profissional a pressionar os clientes a assinarem os contratos. Estes, por sua vez, podem cancelá-los durante o processo de trabalho, por perceberem que sua decisão foi fruto de muita pressão;
  • Tornar-se um profissional avarento financeiramente. Em função da pouca remuneração e do excesso de dívidas, o profissional pode tornar-se mal pagador e explorar fornecedores, estagiários e prestadores de serviço, sendo, aos poucos, abandonados por eles;
  • Ter pouca ou nenhuma especialização. Com recursos escassos, o recém-formado não tem capital para investir em conhecimentos alavancadores como, por exemplo, cursos de alta especialização, pós-graduações renomadas, congressos nacionais e internacionais de grande reconhecimento e, portanto, mais caros.

Por que insistir em na educação financeira vale a pena?
Colocadas todas essas questões, é necessário ter em mente as seguintes premissas:

  • O nível de conhecimento sobre educação financeira está diretamente relacionado à quantidade de horas a que o profissional se dedicou ao estudo do tema, formal ou informalmente;
  • O nível de conhecimento sobre educação financeira influencia a qualidade das decisões tomadas pelos profissionais em relação às questões financeiras;
  • A qualidade de vida está diretamente relacionada à tranquilidade financeira. Quem vive endividado ou no limite do orçamento sofre mais as consequências das instabilidades dos mercados e do mundo;
  • A criação de um portfólio diferenciado é consequência, também, de um profissional emocionalmente tranquilo e capaz de direcionar suas energias para o bom atendimento e a criatividade;
  • A tranquilidade emocional gera boa administração, e a boa administração traz como resultado a fidelidade de fornecedores e prestadores de serviços;
  • A tranquilidade financeira possibilita o acesso a pós-graduações e especializações diferenciadas, trazendo como resultado melhor posicionamento no mercado e mais bagagem profissional.

Educação financeira é importante, simples assim!
Acredito que todo cidadão, independente de sua formação profissional, deve inteirar-se a respeito de educação financeira. Quanto mais cedo estudar finanças e se dedicar ao planejamento financeiro familiar, melhor. Realizar sonhos é consequência de conhecimento aplicado e muito esforço, raramente de sorte! Sucesso e até a próxima.

Créditos da foto: cofrinhos clássicos e luxuosos, em formato de galinhas, feitos em porcelana sem esmalte e banhados a ouro, criados pela conceituada Oxford Porcelanas.

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