Como a greve dos Correios tem afetado você e(ou) o seu negócio? É fácil notar que a paralização dos carteiros tem impacto bastante negativo para muitas pessoas e empresas. Tomemos como exemplo empresas de varejo que dependem dos Correios para entregar notificações de cobrança. Como fazer para receber? E os bancos, que são responsáveis pelas entregas das faturas de cartão de crédito? A situação é grave, não dá para negar.
Recente análise do jornal Valor Econômico aponta que quase 20 milhões de correspondências, entre cartas e encomendas, estão em atraso só na Grande São Paulo e na Baixada Santista. O número representa o volume de quase três dias de trabalho na região, onde diariamente entregam-se cerca de 8 milhões de correspondências. Os números dão a dimensão do problema, mas não mostram o outro lado da questão: o surgimento de oportunidades.
Como assim, oportunidades?
Vamos pensar. Que setores e empresas poderiam se beneficiar com a paralização dos Correios? Que tal analisarmos a situação das empresas de motofretes, dos famosos motoboys? “O movimento está 40% maior que no mês passado e em comparação com julho de 2007” foi o que disse Aldemir Martins, presidente do Sindimoto, aos repórteres do Valor.
Como curiosidade, São Paulo conta com 180 mil motoboys autônomos, enquanto o número de carteiros é de “apenas” 80 mil. Interessante. Então há grupos e companhias que faturam mais com crises específicas? Claro, hoje e sempre. E esta é uma situação bastante didática, afinal risco também é oportunidade. Esta é uma filosofia de vida importante para quem quer crescer e ver aumentar seu patrimônio.
O Valor traz ainda outro exemplo: as transportadoras expressas têm vivido um mês de julho bastante atípico. A DHL Express, por exemplo, registra 114% mais envios de remessas expressas, incluindo operações domésticas e internacionais.
Cliente em primeiro lugar = mais oportunidades
Você se lembra do começo do artigo, onde mencionei o problema de algumas instituições que usam os Correios para receber somas devidas por seus clientes? Pois é, operadoras de planos de saúde e de telefonia resolveram ser pró-ativas e decidiram entrar em contato com os clientes por telefone para passar o código de barras ou instrui-los a imprimi-lo pela internet.
Advinha? As empresas de telemarketing têm adorado a idéia. O exemplo dado pelo jornal é a empresa Atento, a maior companhia do setor, que fez 189 mil chamadas a mais nos 15 primeiros dias de julho do que em relação ao mesmo período do mês passado, somente em função da greve.
Que lições tirar de tudo isso?
Como profissional, vale a pena ficar atento aos movimentos do mercado que o cerca e aproveitar oportunidades, ainda que elas não sejam definitivas e(ou) tão prolongadas. Como pessoa, aceitar que o crescimento também vem em momentos de crise, quando tudo parece caótico e sem rumo. O que mais vi com o episódio:
- Importância de dar atenção ao cliente, a exemplo de algumas operadoras e empresas que foram pró-ativas no atendimento de seus contratos;
- Importância de estar preparado para uma demanda mais elevada, o que parece ser o caso das empresas de motofrete;
- Importância de ter um plano B;
- Caos, é claro, afinal milhares de correspondências estão paradas e muitas pessoas estão sendo prejudicadas.
Fica evidente que minha mensagem de hoje tenta jogar sobre a greve uma visão mais otimista e corporativa. Confesso que fui pouco afetado pela “crise das cartas”. Assim, tive tempo e ânimo suficiente para preencher este espaço com mais atenção à oportunidade que ao caos. Entender crises e oportunidades é algo que me fascina. E você, o que pensa disso tudo?
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Crédito da foto para stock.xchng.