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Talento essencial, medo, dinheiro e sucesso

by Bernadette Vilhena
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Talento essencial, medo, dinheiro e sucessoSou educadora em cursos técnicos e minha disciplina é voltada para o Desenvolvimento Humano. Um dos últimos estudos realizados em classe foi baseado em um texto animador da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva sobre os jovens e o novo mercado de trabalho. Um aspecto relevante levantado por ela foi que caminhamos para um mundo movido a talento:

“Vivemos em uma economia que é movida a talento. Ele é capaz de gerar novas e ousadas ideias que, transformadas em produtos ou serviços, geram riquezas ou promovem mudanças que podem mudar o mundo para melhor. Cada ser humano é único e possui um talento essencial. Descobrir os próprios talentos e poder expressá-los ao mundo em que vivemos justifica a nossa existência e traz realizações pessoais (profissional, afetivo, familiar, social)”.

“Nem sempre descobrimos facilmente nosso talento essencial (principalmente sozinhos), mas nunca devemos desistir de alcançá-lo. Afinal de contas, com o tempo, todos nós teremos que administrar nossas personalidades, e para isso devemos ter a habilidade de identificar e desenvolver os mais expressivos talentos pessoais”.

A receptividade ao tema foi muito boa, os alunos conseguiram ver a importância da atenção aos aspectos fundamentais para o sucesso profissional: o cuidado com o autodesenvolvimento e o foco nas busca dos objetivos pessoais. Talento e empreendedorismo[bb] caminham juntos.

Por que não fazemos o que queremos e podemos?
Como quase tudo em nossa vida, quando saímos do plano das ideias e trazemos esses elementos sinalizados pela autora e por tantos outros especialistas para a vida real, o encontro com o talento essencial ganha um novo contorno. Em outra discussão proposta dentro do tema, os alunos revelaram as dificuldades desse encontro e as barreiras de tornar real cada sonho empreendedor.

O medo foi o limitador mais citado entre as opiniões. O medo de arriscar, de pensar fora da caixa e não ser aceito. Vivemos em uma sociedade, digamos, “formatada” e é comum a inovação incomodar, pois traz a necessidade de ajuste. Em vários casos, esse medo revela a dependência que temos em relação às pessoas – é normal o ser humano buscar a aprovação, mas quando esse sentimento impede a evolução pessoal, a vida se torna uma espécie de escravidão suave no dia a dia.

A insegurança, a baixa autoestima e o comodismo vão minando as possibilidades de voos mais altos, de acordo com outros alunos. A cegueira em relação aos talentos pessoais e a imagem depreciativa que a pessoa tem de si mesma podem ser notadas por meio de frases do tipo “isso não é para mim”, “isso é para gente rica”, “estou muito velha para mudar” ou “não sei fazer nada direito”.

Os pensamentos constantes nesse sentido aprisionam e criam uma realidade limitada. Acredito que todas as pessoas tem uma missão nobre nessa existência, uma missão pessoal de superação e da busca pelo bem. Achar que talentos são para os outros parece cômodo demais, concordam?

Nem tudo se resume a mais dinheiro…
Ainda nesse aspecto, uma pequena provocação para aguçar novos pensamentos: um pouco desse comodismo e desanimo tem raízes na sociedade[bb] que insiste em prestar atenção e enaltecer a dupla “Sucesso e Dinheiro”! Muito dinheiro! Entendam que o dinheiro é resultado de um trabalho bem executado e não há nada errado em recebê-lo – o que incomoda é a distorção do conceito essencial de sucesso.

Eu e felizmente muita gente, compreendemos o sucesso como algo que vai além do aspecto financeiro. Para traduzir esse entendimento, vejam o que o filósofo Ralph W. Emerson escreveu, no século XVIII, sobre o tema:

“Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso”.

O sucesso é algo pessoal!
É óbvio que cada um é livre para entender o sucesso segundo seus próprios filtros, mas é preciso atenção à avalanche de conceitos excludentes que acabam contribuindo para que muitas pessoas não expressem seu talento porque alguns falam que “isso não dá dinheiro” ou “aquilo não é para você”. Ora, todos os talentos são essenciais, todas as profissões cooperam para a construção de uma sociedade (a questão das incoerências salariais já é outra história).

Assim, em meio às contradições diárias existe um espaço muito especial para a esperança! Saber ler a vida com olhos de atento aprendiz é aproveitar cada dia para ser uma pessoa melhor. Evoluir é o caminho. Descobrir os talentos, tomar posse deles e usá-los para construir uma vida e um mundo melhor é uma questão de aprendizagem.

Aprender liberta e oferece ferramentas para buscar a excelência pessoal. Sou testemunha de muitas conquistas dos meus alunos e isso sempre me emociona. Afinal, já está na hora de quebrar modelos desgastados que não atendem aos anseios de mentes conscientes do Belo, do Bem e do Bom.

Compartilhe conosco seu ponto de vista sobre talento e sucesso usando o espaço de comentários abaixo. Será muito bom conhecer o pensamento de vocês sobre esse tema ainda polêmico. Abraço grande e até a próxima.

Foto de sxc.hu.

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