Gostaria de começar este texto compartilhando uma frase que repito para mim, com certa frequência, como se fosse uma espécie de mantra: “As coisas possuem a importância que NÓS damos a elas”. Logo na primeira vez que a ouvi, da boca de um amigo há alguns anos, ela me tocou profundamente, preenchendo uma carrada de lacunas que naquele momento deixavam-me inquieto.
Sim, uma simples frase, porém, poderosíssima. A gama de interpretações e associações positivas que fui agregando a ela ao longo do tempo me ajudou a dar um rumo bastante salutar às minhas finanças pessoais – e agora compartilho algumas dessas reflexões com os leitores do Dinheirama.
O cérebro humano possui uma capacidade finita de processar informações. Tal fenômeno é possível de ser verificado quando percebemos nossa incapacidade de executar, com qualidade, diversas tarefas ao mesmo tempo.
Dessa limitação, surge a constatação de que cada ser humano foca suas atenções em um número limitado de fenômenos durante sua vida. Com o passar do tempo, além de diversos outros fatores, tal característica (de se ater a uma coisa e não a outra) acaba tendo grande parcela de responsabilidade por diferenciar a forma de viver de cada indivíduo.
Não entrarei aqui no mérito do que é ou deixa de ser importante para a vida de cada um. Porém, o que percebo é que o sucesso (ou fracasso) financeiro está fortemente correlacionado ao nível de atenção que se dá ao assunto dinheiro.
Para alguns, esse é um assunto pouco interessante, tendo como consequência que muitos problemas financeiros acabam por acontecer pela omissão – não se busca educação financeira.
Por outro lado, existem pessoas gananciosas que destroem relacionamentos e sua reputação em nome do dinheiro, momento em que essa excessiva importância dada ao assunto acaba por resultar em uma vida paupérrima de moral e convivência agradável com o próximo.
Outra interpretação da frase citada no início do texto e que gostaria de comentar possui relação com a aquisição de bens materiais. Não são raros os exemplos de pessoas que adquirem determinado bem, que está além de suas condições financeiras, simplesmente por uma questão de status.
A importância que se dá para “o que os outros vão achar” se sobrepõe à questão contábil de “gastar menos do que ganha”. O grande problema que noto é que as atenções estão focadas em algo que não é genuíno, ou seja, que não parte da vontade do próprio comprador do bem. Toda vez que verifico situação similar a essa, repito meu mantra.
Por fim, tenho notado que a forma como as pessoas alocam sua limitada capacidade de atenção para as questões que julgam ser importantes acabam tendo influência decisiva nas finanças pessoais. Acredito que uma boa administração do próprio dinheiro passa, inevitavelmente, pela questão sobre como você lida com a frase do início do texto.
Portanto, procure dar atenção às coisas que realmente valem a pena e que tenham condição de lhe fazer uma pessoa melhor. Talvez esse seja o melhor (único?) caminho. As finanças pessoais, por tabela, agradecem!
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Boa sorte em suas finanças e vida pessoal. Abraços e até a próxima.
Foto: sxc.hu.