Superar a inflação provavelmente exigirá mais um aumento da taxa de juros dos EUA e depois um patamar de espera “por um tempo”, disse a presidente Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) de Cleveland, Loretta Mester, neste sábado, acrescentando que ela pode reavaliar sua previsão anterior de que os cortes na taxa poderiam começar no fim de 2024.
Embora não queira uma política tão rígida que provoque um colapso na economia, a presidente disse à Reuters em entrevista durante a conferência do Fed em Jackson Home, Wyoming, que ela quer estabelecê-la de maneira que a inflação chegue à meta de 2% do Fed até o fim de 2025.
“Nós simplesmente não queremos que ela fique se afastando”, disse.
O aumento rápido dos preços não impõe apenas um alto custo aos norte-americanos, mas também deixa a economia mais vulnerável a futuros choques.
“Quanto mais tempo deixarmos a inflação permanecer acima de 2%, estaremos construindo um patamar de preços cada vez mais alto”, afirmou, e isso prejudica as famílias norte-americanas. “E acho que é por isso que penso que o momento oportuno é importante para mim”.
A maioria dos responsáveis pelas políticas do Fed, incluindo Mester, pensava em junho que provavelmente conseguiriam interromper os aumentos uma vez que a taxa chegasse entre 5,5% e 5,75%, um quarto de ponto percentual a mais do que o patamar atual.
Eles também achavam que, até ano que vem, o Fed provavelmente começaria a baixar a taxa para, à medida que inflação caísse, eles não acabassem restringindo a economia mais do que o necessário.